Morre de Covid padre que atendia convento de Curitiba onde cinco freiras faleceram da doença em seis dias

Padre Jair Antônio Gorlach, de 47 anos, estava internado desde o dia 24 de agosto no Hospital Evangélico Mackenzie e morreu no domingo (5). Ele foi enterrado na manhã desta segunda-feira (6), em Toledo, no oeste do Paraná.

O padre que fazia o atendimento à Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, em Curitiba, onde cinco freiras morreram de Covid-19 em menos de uma semana, também faleceu vítima da doença, de acordo com o convento.

O padre Jair Antônio Gorlach, de 47 anos, morreu no domingo (5), segundo a Congregação do Verbo Divino, onde ele era provincial. Ele foi sepultado na manhã desta segunda-feira (6), em Toledo, no oeste do Paraná.

Ele estava internado no Hospital Evangélico Mackenzie desde o dia 24 de agosto. Um outro padre da congregação está no hospital com a doença, segundo a Arquidiocese de Curitiba.

O padre Jair Gorlach tinha tomado uma das doses da vacina, segundo a congregação.

Padre é sepultado em Toledo, no oeste do Paraná — Foto: Divulgação/Congregação do Verbo Divino

Padre é sepultado em Toledo, no oeste do Paraná — Foto: Divulgação/Congregação do Verbo Divinohttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Surto em convento

De acordo com a Congregação Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, o padre fazia atendimentos no local, onde 29 das 51 freiras tiveram Covid-19 a partir do fim agosto. Segundo a congregação, cinco delas morreram em seis dias.

Segundo a responsável pelo convento, Maria Madalena Ryndack, uma das freiras começou a apresentar sintomas que acreditava ser apenas de gripe.

“Não nos atentamos que era o vírus. Tudo isso disseminou muito rápido aqui. Como é uma casa de idosas, atingiu algumas irmãs mais frágeis na saúde, com comorbidades, e algumas vieram a óbito”, comentou.

De todas as contaminadas, três irmãs seguem internadas, segundo a congregação.

Todas as freiras que morreram estavam com a imunização completa. Especialistas apontam que nenhuma vacina oferece proteção de 100% contra doenças, mas todas reduzem o risco de infecção, hospitalização e morte, principalmente depois da segunda dose.

É importante lembrar que vacinas funcionam, mas não são infalíveis. Ainda assim, apesar de a probabilidade de infecção após a vacina ser pequena, quanto mais a doença estiver circulando, maior é o risco de o imunizante falhar.

Em seis dias, cinco freiras do mesmo convento morrem por Covid, em Curitiba — Foto: Arquivo pessoal/Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria

Em seis dias, cinco freiras do mesmo convento morrem por Covid, em Curitiba — Foto: Arquivo pessoal/Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria

Por G1 PR