‘Maníaco da Fronha’ é condenado a 60 anos por ataques a prostitutas

‘Maníaco da Fronha’ é condenado a 60 anos por ataques a prostitutas
Ele usava internet para conseguir os contatos e roubava as vítimas

Ana Paula Chuva

Midiamax

Foto: Arquivo/ Midiamax
Com cinco sentenças, João Carlos Ribeiro da Costa, 35 anos, conhecido como ‘Maníaco da Fronha’, foi condenado a mais de 60 anos de prisão pelos crimes de estupro e roubo. A decisão é de Wilson Leite Corrêa, juiz da 4ª Vara Criminal de Campo Grande.
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Segundo informações do TJ- MS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul), João agia sempre do mesmo jeito. O então garçom, conhecia as prostitutas em sites de bate-papo, trocavam telefones e conversavam por aplicativos. O criminoso marcava os programas para saber o endereço das vitimas, quando chegava no local marcado, colocava uma fronha na cabeça das vítimas, amarrava, estuprava e roubava as mulheres.

Ele foi apontado como autor de pelos menos cinco estupros e tentativa de estupro na Capital. Os crimes aconteceram entre maio e setembro de 2015 e a prisão foi efetuada após trabalho conjunto das delegadas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Rosely Molina, Franciele Candotti e Marília de Brito Martins.

De acordo com informações da policia, João alegou que o criminoso chegava aos locais dos crimes de motocicleta , sempre vestindo roupas presta, colete, bota, toca, luvas e portava uma faca. E segundo relato das vitimas, depois do estupro João andava pela casa, revirava os móveis e voltava a cometer abusos outras vezes. Permanecia por pelo menos 1h e meia na casa.

Os crimes

De acordo com o TJ-MS, na noite de 29 de maio de 2015, João invadiu uma residência no bairro Santa Luzia. Após ameaças com o uso de uma faca, o criminoso amarrou a mulher nas pernas e braços, tapou a boca da vitima com fita adesiva e a estuprou por três vezes enquanto a ameaçava de morte. Ele deu um soco na cabeça para que a mulher fornecesse a senha do celular. Fugiu levando pertences vitima.

Em 20 de julho do mesmo ano, ele se fez passar por uma mulher de nome Tatiana. Após conversa pelo WhatsApp, conseguiu o endereço da vítima e foi até a residência por volta das 3h da madrugada. A mulher foi amarrada, imobilizada, vendada e arrastada até o quarto. Depois de vasculhar a casa, João cortou as cordas que amarravam a vítima e a estuprou.

No dia 21 de agosto de 2015, no bairro Guanandi, o criminoso surpreendeu a vítima no portão de sua casa, por volta de 1h30 da manhã. Com uma arma, levou-a mulher para dentro da casa a jogoude bruços sobre a cama, amarrou braços e pernas, a vendou e então a esturou. Após a violência, roubou um aparelho celular com dois chips e um cartão de memória, um cartão de CPF, R$ 300,00 em dinheiro e um pote de suplemento alimentar.

Em 16 de setembro de 2015, no conjunto Vilage Parati, o autor tentou estuprar a vítima após invadir a casa. João surpreendeu a vítima no quarto só de cuecas e após ameaçá-la com uma arma, jogou um cobertor sobre sua cabeça. A mulher reagiu e tentou fugir pela janela, mas foi alcançada pelo criminoso que ameaçou matar o filho de 12 anos dela que estava no quarto ao lado. Deu tapas na boca da mulher até que vizinhos perceberam a movimentação e o autor fugiu.

No dia 18 de setembro de 2015, no Jardim Montevidéu, por volta de meia noite e meia, rendeu a vítima enquanto esta retirava o lixo da casa. Fingindo pedir uma informação, ele conduziu a mulher para dentro da residência amarrando-a, imobilizando-a e vendando dentro do quarto. Revirou a casa em busca de objetos de valor para roubar. Em seguida, com a vítima sem qualquer poder de reação, rasgou sua roupa e estuprou-a. Terminado o ato criminoso, o autor foi ao banheiro e voltou para um novo estupro.

João foi preso no dia 02 de outubro de 2015. Todas as vítimas contaram que conheceram o homem em um bate-papo na internet