Indígenas bloqueiam rodovia em MS e estão ‘armados para guerra’, diz PRF

Trecho interditado tem aproximadamente 50 indígenas, a maioria crianças.
Índio protestam contra Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215.
Aproximadamente 50 indígenas interditaram, parcialmente, a BR-267, no trecho do Km 361, em Maracaju. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a manifestação é contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 que prevê novas regras para demarcação de terras indígenas. O bloqueio começou por volta das 13h40 (de MS) desta quarta-feira (11).
O trecho da rodovia, segundo a PRF, há aproximadamente 50 indígenas, sendo a maioria crianças. O grupo é da etnia Guarani Kaiowá e, conforme a polícia, está armado para guerra. A previsão é que a ação termine às 16h30.
Bloqueios e manifestações
Nesta manhã indígenas também bloquearam as rodovias MS-156, entre Itaporã e Dourados, e a BR-163, em Rio Brilhante.
Conforme o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv), são aproximadamente 200 indígenas, que desde às 9h (de MS), fecharam o trânsito na MS-156, no quilômetro 77. Segundo o tenente-coronel Waldir Ribeiro Acosta, os indígenas ocupam a pista e usam galhos para impedir a passagem dos veículos. Ambulâncias e veículos com cargas perecíveis estão sendo liberados a cada 30 minutos.
Participam do bloqueio, índios das aldeias Bororó e Jaguapiru. O movimento é nacional e a pista deve ser liberada às 17h.
Já no quilômetro 308 da BR-163, apenas ambulâncias estão sendo liberadas, segundo a PRF. No local, cerca de 40 indígenas organizam a interdição. Por volta das 11h, o congestionamento estava em torno de três quilômetros. Ainda não há previsão para que a rodovia seja liberada.
E na BR-060, em Sidrolândia, cerca de 15 pessoas realizaram panfletagens. Não houve bloqueio na região. A PRF enviou reforço ao local para garantir livre circulação de transportadores que não queriam parar.
PEC 215
A PEC foi aprovada no fim de outubro em uma comissão especial e seguiu para o plenário da Câmara, onde terá de ser aprovada em dois turnos para depois seguir para o Senado. Pelo texto, passa a depender da aprovação do Congresso Nacional a demarcação de novas reservas indígenas e a ratificação das demarcações já homologadas.G-1