FRONTEIRAPolícia pede apoio ao Paraguai para investigar morte de Wescley

Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) solicitou apoio da Polícia Nacional do Paraguai para investigar a morte do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, de 37 anos, executado em emboscada na cidade de Ponta Porã, anteontem. Por enquanto, a principal suspeita é de que ele tenha sido alvo de vingança por conta de assuntos relacionados a seu trabalho na fronteira, que atingia o crime organizado.

O delegado Clemir Vieira Júnior, chefe da Delegacia Regional de Ponta Porã, explicou que colegas do Paraguai foram acionados porque podem auxiliar na identificação dos pistoleiros, já que ainda não foi descartada a hipótese de que estejam escondidos no país vizinho. “Nós temos um bom relacionamento com a Polícia Nacional e trocamos informações sempre que necessário”, disse.

Desde o crime, áudios foram compartilhados alertando sobre suposto plano da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) de matar policiais em todo o Estado. Além disso, surgiram informações de que o PCC estaria por trás da execução de Wescley. “Sempre que há um caso destes, surgem este tipo de boatos. Mas esta possibilidade é remota e acreditamos que tenha sido algo relacionado com alguma intervenção dele”.

EXECUÇÃO

Wescley era lotado no Setor de Investigações Gerais (SIG) e trafegava em uma viatura descaracterizada pelo Bairro Reno, na direção de sua residência, quando foi surpreendido pelos pistoleiros com fuzis a bordo de um veículo modelo Honda Civic. O policial foi baleado várias vezes e não resistiu. A funcionária do poder judiciário que o acompanhava levou quatro tiros e foi socorrida com vida.

A Sejusp montou força tarefa para esclarecer os fatos. O delegado Márcio Shiro Obara, da Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios (DEH) assume o caso. Equipes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), Grupo de Operações e Investigações (GOI) e Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) estão na cidade auxiliando na apuração.

“A Sejusp também conta com o apoio de todas as instituições de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e a Polícia Paraguaia”, disse o secretário Antônio Carlos Videira por meio de nota.
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