Família descobriu depois de três horas que criança foi baleada no RJ

Parentes não ouviram tiros antes dela ser ferida.
Menina de cinco anos foi baleada na cabeça enquanto brincava.
A tia de Ana Beatriz Duarte de Sá, menina baleada na cabeça no último domingo (6), afirmou que os familiares só descobriram que ela foi atingida três horas depois do episódio. A menina, de 5 anos, estava brincando com primas em uma varanda na casa do tio em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Ela foi encaminhada para o Hospital Alberto Torres, também em São Gonçalo. Lá, ela passou por operação e seguia internada em estado gravíssimo na manhã desta quarta (9).
Segundo parentes, a demora aconteceu porque não foram ouvidos tiros. “Depois de três horas que foram descobrir que ela foi baleada, ninguem viu nada e nem ouviu nada. Ai está todo mundo em estado de choque”, disse a tia Cristiane de Souza, lembrando que as pessoas que estavam no local não tinham ouvido tiros.
A mãe da menina, Diana da Cruz, lamentou o episódio e afirmou que a situação é muito difícil. “É dificil porque é minha filha. Mas eu sei que Deus vai estar lá do ladinho dela e vai ajudar a sair dessa”, afirmou a mãe.
Parentes de Ana Beatriz contaram que ela estava com outras crianças, na Travessa Manuel Luiz de Souza, quando caiu na rua. Alertado pelos amigos da menina, o tio socorreu a menina e se assustou quando percebeu que sua nuca sangrava. Somente no Hospital Infantil Darcy Vargas, no bairro Zé Garoto, a família descobriu que Ana Beatriz havia sido atingida por um tiro e que o projétil estava alojado em sua cabeça. A menina foi então transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, e internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) infantil.
PM nega operação no local
O comando do 7º BPM (São Gonçalo) informou que, no domingo, policiais militares foram informados que a menina havia sido socorrida num posto de saúde após ser baleada e, em seguida, transferida ao Hospital Alberto Torres. O comando do batalhão ressalta que não houve operação policial na localidade e que há informações de que teria ocorrido um confronto entre criminosos em Santa Catarina.
Parentes de Ana Beatriz disseram a agentes da 72ª DP (Mutuá) que o local em que a menina foi ferida fica próximo à Rua da Feira, palco de frequentes confrontos entre integrantes de facções criminosas rivais.