EUA podem espionar através de plantas transgênicas

Ameaças serão monitoradas por plantas
As Forças Armadas dos Estados Unidos querem usar as plantas como a “próxima geração de coleção de inteligência”. Em outras palavras, as plantas serão utilizadas para espionagem. Os cultivos geneticamente modificados seriam empregados em sensores autossustentáveis para reunir informações em configurações incompatíveis com as tecnologias tradicionais.

A Agência de Projetos de Pesquisa Avançados em Defesa (Darpa), que é responsável pelo desenvolvimento de novas tecnologias para as Forças Armadas americanas, convocou cientistas para enviarem ideias sobre como aproveitar o poder das plantas.

No passado, a Darpa produziu tecnologias que reuniam informação como satélites e sismógrafos usados para ter certeza de que os soviéticos cumpririam com o tratado de proibição de testes de armas nucleares. Mas nessa nova iniciativa, chamada de programa Tecnologias Avançadas de Plantas, a agência busca a ajuda natural.

“As plantas são altamente sintonizadas com seus ambientes e naturalmente manifestarão respostas psicológicas básicas a estímulos como luz e temperatura, mas em alguns ao toque, químicos, pestes e patógenos”, disse o Dr. Blake Bextine, gerente do programa.

“As técnicas de modelamento e emerção molecular devem possibilitar a reprogramação das capacidades de detecção e reporte em uma grande variedade de estímulos, que não apenas abrirá novos fluxos de inteligência, mas também reduzirá os riscos e custos de pessoal associados com os sensores tradicionais”, analisou Bextine.

A ideia é que as capacidades naturais das plantas podem ser cooptadas para detectar químicos relevantes, micro-organismos danosos, radiação e sinais electromagnéticos. Modificar o genoma das plantas permitirá que se controle os tipos de sensores e desencadear certas respostas que podem ser monitoradas remotamente usando hardware atual. A tecnologia já exista para monitorar plantas no solo, no ar e até do espaço.

“Isso é biologia sintética pura”, resumiu o Dr. Bextine.

Fonte: Agrolink