Estiagem derruba produtividade do safrinha em MS

Segundo presidente da Aprosoja, em algumas regiões não chove há pelo menos um mês
A estiagem levou à quebra de pelo menos 50% da produtividade de milho safrinha em várias cidades no centro-sul de Mato Grosso do Sul. Juliano Schmaedecke, presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), afirma que algumas regiões estão sem chuva há um mês e se a seca continuar, a situação pode ficar ainda pior.

“É o caso da Água Fria, em Maracaju, onde de fevereiro para cá só teve 30 milímetros de precipitação. Também são prejudicadas plantações em Ponta Porã, Sidrolândia, Dourados, Amambai e Naviraí”, explica.

Na região norte, a partir de São Gabriel do Oeste, os índices pluviométricos estão dentro da normalidade e as plantações apresentam bom desenvolvimento.

Levando em conta, porém, as perdas que devem ser registradas em razão da estiagem, estima-se que a produtividade total no estado deva cair em pelo menos 20%. “A safrinha passa por um momento de extrema dificuldade e o produtor vem perdendo produção dia a dia e está preocupado. Não há previsão de chuva nos próximos 30 dias”, diz Schmaedecke.

O presidente da Aprosoja diz ainda que os investimentos feitos em ciência e tecnologia tornaram o solo mais resistente a esse tipo de intempérie, mas com 30 dias sem chuva em alguns pontos isso não foi suficiente.

Comércio – O preço do milho disponível está cotado entre R$ 30 e R$ 32 atualmente, o que Schmaedecke considera excelente. “O preço futuro está girando em torno de R$ 26. Vemos que o mercado não está sinalizando muito acima o preço. Pode ser que não esteja comprando essa seca, considerando que voltando a chover essa produtividade volte a se normalizar”.

Para o presidente da Aprosoja, valores de mercado para o grão levam em consideração a produção nacional e lembra que em Mato Grosso e outros estados as safras estão em boas condições.

“Os preços do milho segunda safra nunca são muito altos e variam bastante. Tem muita área plantada no Brasil inteiro e quando falamos em mercado, temos que olhar a nível nacional. Além disso, os preços da Argentina nos favorecem. É muito difícil pontuar o que vai ser esse nosso mercado de milho”

Fonte: Campo Grandenews