Em SP, 400 mil não apareceram para tomar segunda dose de vacina contra Covid-19

É consenso entre especialistas que a imunização só é de fato conquistada com as duas doses


É consenso entre especialistas que a imunização só é de fato conquistada com as duas doses. “Todos aqueles que não foram a uma unidade de saúde procurar pela segunda dose não estão imunizados. Precisamos que as pessoas se imunizem”, afirmou.


O pedido foi feito durante a entrevista à imprensa no Palácio dos Bandeirantes que reuniu diversos integrantes do governo estadual para falar das medidas de combate ao coronavírus em São Paulo. Nela, o governador João Doria (PSDB) anunciou a prorrogação da atual fase de transição a partir deste sábado (8). Entre outras medidas, o comércio poderá abrir até as 21h, e recebendo até o limite 30% de sua capacidade.


Pelos dados apresentados pela coordenadora do programa de imunização, os faltosos representam 101.753 pessoas que tomaram a vacina da Fiocruz e outros 299.205 que tomaram a CoronaVac.


“Quando a pessoa está com as duas doses, ela tem o seu esquema vacinal completo, e 15 dias depois, você tem a certeza de que a pessoa está imunizada”, afirmou.


Até as 10h deste sábado, 4,76 milhões de pessoas haviam tomado as duas doses no estado, o equivalente a 10,1% da população paulistas. Os 400 mil faltosos representam 8,5% desse total.


Para Regiane de Paula, o maior motivo das pessoas não tomarem a segunda dose é, simplesmente, o esquecimento. “Muitas vezes as pessoas se esquecem, a vida está corrida, milhões de coisas acontecendo. A gente está vivendo um momento de vida diferente e acaba esquecendo de voltar à unidade básica e tomar a segunda dose”, afirmou.


Neste sábado (8), as 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município de São Paulo estão abertas para a aplicação das duas doses, inclusive a primeira para pessoas com idade entre 60 e 62 anos, que começaram a ser imunizadas na última quinta-feira (6) –para este público também estão abertos 27 postos de drive-trhu para a imunização sem a necessidade de descer do carro.


Até agora já foram usados no estado três tipos de imunizantes. Além da vacina da Fiocruz (Oxford/AstraZeneca) e da CoronaVac (Butantan/Sinovac), o imunizante da farmacêutica norte-americana Pfizer , produzida em parceria com o laboratório alemão BioNTech, também começou a ser aplicada. Só a cidade de São Paulo recebeu 135.720 doses da vacina da Pfizer.


Cada uma tem um intervalo específico entre a primeria e a segunda dose. A CoronaVac é de 28 dias entre a primeira e segunda dose. No caso do imunizante da AstraZeneca e o da Pfizer, o intervalo é de três meses.