Dólar surfa nos R$3,915 com a influência externa

O dólar comercial segue valorizado nesta segunda-feira, com o clima pesando novamente entre os Estados Unidos e a China, com o foco agora também na União Europeia, depois das declarações do presidente Donald Trump no fim de semana. A “calmaria” é aparente em Brasília.

Há pouco, no interbancário, a moeda estava cotada a R$3,913 para a compra e R$3,915 para a venda, alta de 0,99%.

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O dólar turismo segue em R$3,760 para a compra e R$4,070 para a venda, queda de 0,49%.

O euro estava em R$4,541 para a compra e R$4,543 para a venda, alta de 0,25%.

A libra estava em R$5,139 para a compra e R$5,141 para a venda, alta de 0,33%.

Na última sexta-feira, o Banco Central do Brasil divulgou nota sobre os leilões de swap para rolagem integral com vencimento para o dia 01 de agosto totaliza 280.455 contratos. Lembrando que os contratos de junho fecharam nesta segunda-feira (02).

Conforme já declarado pelo presidente da instituição, Ilan Goldfajn, que nas próximas semanas “o BCB realizará, sempre que necessário, leilões de swap cambial e de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), de acordo com as condições de mercado”, para prover liquidez e contribuir para o bom funcionamento do mercado de câmbio.

O BCB reafirmou também que não vê restrições para que o estoque de swaps cambiais exceda consideravelmente os volumes máximos atingidos no passado.

No comunicado, a autoridade monetária reafirmou as intervenções também com o Tesouro Nacional que “continuarão a atuar de forma coordenada no mercado de juros para prover liquidez e contribuir para o seu bom funcionamento.”

Cenário externo

Na bolsa de Nova York, o índice DXY, que compara o movimento do dólar com mais seis moedas, estava em alta de 0,49% a 95,05.

O comportamento das moedas estão com influência total das declarações do presidente Donald Trump deste domingo. Trump vê sua ameaça de impor tarifas globais para veículos como sua maior arma para extrair concessões de parceiros comerciais, acrescentando que a União Europeia “é possivelmente tão ruim quanto a China” ao impedir o comércio americano. “Eles enviam uma Mercedes para nós e não podemos enviar nossos carros”, disse ele.

A declaração do presidente é que poucos carros feitos na Europa são realmente vendidos nos Estados Unidos. Mas a grande força da UE é a resposta para os Estados Unidos, que quer acesso mais fácil ao mercado altamente protegido e lucrativo de SUVs e picapes que geram a maior parte dos lucros para as montadoras americanas Ford e GM. Conforme as informações da agências internacionais.

O euro segue em queda de 0,64% a US$1.1608.