Dólar sobe a R$ 4,18 e atinge a segunda maior cotação de fechamento da história

O dólar subiu nesta quarta-feira (13) e atingiu a segunda maior cotação de fechamento da história. A moeda norte-americana deu sequência ao movimento de alta do dia anterior, com os sinais conflitantes do presidente norte-americano Donald Trump sobre o estágio das negociações comerciais com a China.

A moeda norte-americana avançou 0,42%, vendida a R$ 4,1856. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,1896. A maior cotação de fechamento da história foi registrada em 13 de setembro do ano passado (R$ 4,1952). Em novembro, a moeda subiu 4,38%. No ano, acumula alta de 8,04%.

A sessão foi marcada ainda pela decepção dos investidores em relação a um discurso de Trump no dia anterior, que era alvo de expectativas de detalhes sobre a assinatura de um acordo para resolver a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Trump não ofereceu novos detalhes sobre as negociações com a China e disse que aumentará “substancialmente” as tarifas sobre produtos chineses se o país asiático não fizer um acordo com os EUA.

“Há um fator mais externo, com um clima mais cauteloso depois das declarações recentes de Trump, que esfriaram o otimismo sobre um acordo mais encaminhado entre Estados Unidos e China”, explicou à Reuters Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria. “Internamente, também há ruídos políticos interferindo no dólar, colocando a moeda em alta contra o real”, acrescentou.

Incertezas políticas no Brasil e agitação recente nos países vizinhos também contribuíam para pressionar o câmbio, segundo operadores. A maioria das moedas emergentes caíam contra o dólar devido à maior aversão ao risco. O peso chileno liderava as perdas. Segundo Campos Neto, “o fator Chile pesa sobre as moedas da região”, o que explica parte do comportamento do dólar contra o real.

O Banco Central vendeu nesta quarta-feira todos os 12 mil contratos de swap cambial reverso e todos os US$ 600 milhões em moeda spot ofertados.

Fonte: Fiems