Dólar fecha em queda, de olho nas negociações pela reforma da Previdência

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (5), com o mercado acompanhando as negociações do governo para a reforma da Previdência e de olho no exterior. A moeda norte-americana caiu 0,16%, vendida a R$ 3,6664. Na mínima do dia, foi a R$ 3,6615 e, na máxima, chegou a R$ 3,6841.

No ano, o dólar acumula queda de 5,36%. Nesta terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, após se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que a intenção da equipe econômica é obter uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos com a proposta de reforma da Previdência. Já Maia disse que objetivo é conseguir em dois meses os votos necessários para aprovar Previdência.

Segundo o gerente de câmbio da Icap Corretora, Italo Abucater, o mercado já dá como certo que haverá uma reforma da Previdência. O que está em aberto, na verdade, são os cortes e mudanças que o texto proposto pelo governo sofrerá na tramitação no Congresso. “Ela (reforma da Previdência) vai vir por uma questão de necessidade. A questão é sobre como o mercado vai precificar os cortes que virão. Esses cortes, de que forma ficariam dentro da original? Aí sim o mercado vai reagir”, afirmou à Reuters.

Cenário externo

Nesta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará ao Congresso o tradicional discurso de Estado da União, em que falará sobre o impasse entre democratas e republicanos, que levou à paralisação parcial do governo dos EUA, além de atualizar parlamentares sobre as negociações comerciais com a China.

O mercado também manteve no radar as negociações da premiê britânica Theresa May relativas ao Brexit e a participação do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, em um evento na quarta-feira.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 1,549 bilhão do total de US$ 9,811 bilhões que vencem em março.Fonte: Fiems