DOF mapeia crime organizado em Mato Grosso do Sul

O Departamento de Operações de Dourados está mirando o crime organizado em Mato Grosso do Sul. De acordo com o coronel Ari Carlos Barbosa, dos crimes em menor potencial ofensivo aos mais graves, todos abastecem grandes organizações criminosas pelo Brasil.
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O estado de Mato Grosso do Sul funcionaria como uma grande rota para levar drogas e mercadorias contrabandeadas em grande quantidade para outros estados. “Com base nas prisões que são realizadas pelo DOF, identificamos que as grandes quantidades de mercadorias vindas de forma ilegal por países vizinhos, não ficam aqui. Geralmente vão para estados vizinhos como Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Minas Gerais”, destaca.
Outra questão abordada pelo coronel é que raramente existe o “coitadinho”, que contrabandeou para sobreviver, conforme costumam alegar. “Todos os crimes nas fronteira estão associados ao tráfico de drogas. Então, se uma pessoa comprou pneu contrabandeado e gerou renda para quem estava vendendo, vai acabar desembocando no tráfico de drogas, que é a maior fonte de renda das organizações no Paraguai. Em relação à maconha é a maior exportação dos criminosos naquele país”, disse.
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Coronel do DOF, Ary Carlos Barbosa, diz que leis ainda são brandas para o contrabando. (Foto: Marcos Ribeiro)
ESCALADA DO CRIME
De acordo com o Coronel Ary, a lei branda para descaminho e contrabando acaba contribuindo para a reincidência e escalada do crime. “A pessoa é atraída pelo descaminho e contrabando como uma maneira rápida de conseguir dinheiro. Quando vê, ele já está no tráfico de drogas devido à alta lucratividade, que muitas vezes passa de 400%”, destaca.
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Rota
De acordo com o comandante, apesar das apreensões recordes, outro fator que ainda desafia as forças policiais é a identificação dos verdadeiros donos da carga. Ele explica, ainda, que dentro do Estado podem haver grandes organizações criminosas que poderiam estar sendo responsáveis pelos transportes dessas cargas, porém o mapeamento preciso exige uma integração de inteligência de todas as forças policiais, além de mais investimentos do governo federal na segurança das fronteiras.
“A rotina dos transportadores de grandes mercadorias como drogas e contrabando vem sendo a mesma. Saem por Nova Alvorada do Sul, que é um entreposto, passam por Rio Brilhante, Maracaju, distrito de Vista Alegre, região do Copo Sujo, Itamarati e Ponta Porã. Quando voltam fazem o percurso ao contrário”, revela o comandante.
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Segundo o coronel, a apreensão de entorpecentes vem crescendo e transportes de drogas que antes eram inusitados começam a ser registrados com frequência, como as substâncias sintéticas, o ecstasy. No ano passado foram mais de 5 mil comprimidos, carga avaliada em R$ 250 mil. Somente este ano foram mais de R$ 100 mil em notas falsas.
Balanço divulgado no dia 8 indicou os policiais do DOF, entre os mais produtivos do país, no que se refere a apreensão drogas.
O levantamento que foi realizado, aponta que nos últimos 14 meses, o Departamento, tirou de circulação cerca de 59 toneladas de drogas como maconha, cocaína, pasta base de cocaína, crack e ecstasy, e que a produtividade por policial chegou a 479 quilos de droga.
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