Documentos revelam participação de Marina Silva no Partido Revolucionário Comunista

No início dos anos 80, as organizações terroristas que atuaram na luta armada pelo comunismo, organizaram partidos clandestinos, e documentos do SNI (Serviço Nacional de Informações) revelam a formação do Partido Revolucionário Comunista (PCR), com Marina Silva como membro fundadora.

Militante do Partido Revolucionário Comunista (PRC) no Acre, Marina Silva teve suas atividades ilegais monitoradas pelo serviço de inteligência brasileiro. O ambientalista radical Chico Mendes, também participava do grupo subversivo comunista.

Fundado em janeiro de 1984, o PRC era dirigido pelo terrorista José Genuíno, preso por corrupção no escândalo do mensalão, e o gaúcho Tarso Genro, titular de três ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e governador que quebrou o Rio Grande do Sul (2011–2014).

O grupo surgiu com uma dissidência do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no final da década de 1970, que divergiam em como os atos terroristas deveriam ser executados.

Esses militantes questionavam a hierarquia interna e tentavam encontrar motivos para justificar a derrota da Guerrilha do Araguaia, iniciativa armada implantada pelo PCdoB no oeste do Pará ao final da década de 1960 e vencida pelo Exército brasileiro em 1974. Com o agravamento dos desentendimentos, romperam para formar o PRC.

O monitoramento de Marina Silva no partido clandestino foi documentado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), órgão coordenador da inteligência nacional na época, e faz parte do acervo do Arquivo Nacional de Brasília.

As referências ao PRC no estado aparecem nos documentos a partir de 1984, ano de criação do partido. Em 4 de outubro, o Informe nº 0054/19/AMA/84, com cabeçalho e carimbo do SNI, trata do IV Encontro de Estudos Históricos, realizado no mês anterior na Universidade Federal do Acre (Ufac).

Nesse documento, o estudante Herbert Cavalcanti de Lima é identificado como “militante do PRC”, e Maria Osmarina Silva de Souza, nome de batismo da presidenciável, chamada de “ativista de esquerda”. Ela estudava história.

m novembro de 1984, o Comando Militar da Amazônia, do Exército Brasileiro, produziu um relatório confidencial de três páginas sobre o IV Congresso dos Estudantes Universitários da Ufac.

Classificado como Informe nº 662/84, o texto reconstitui as discussões do encontro, realizado de 5 a 7 de outubro daquele ano no Palácio da Cultura, em Rio Branco. A citação à organização foi feita no contexto de uma discussão em torno da então iminente eleição do futuro presidente da República pelo Colégio Eleitoral.

Ao detalhar as propostas defendidas pelos esquerdistas da Ufac, o documento relaciona o partido clandestino à corrente Caminhando, grupo político atuante com esse nome desde o final da década de 1970. “PRC – esta corrente é de consolidação recente dentro do Med/AC”, diz o relatório, referindo-se ao movimento estudantil acreano.

Marina está na lista de participantes do congresso. Aparece ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), da qual foi fundadora, no Acre.

Marina forjou toda sua carreira política dentro de organização ligadas ao comunismo radical, transitando entre partidos como PT, PV e Partido Socialista Brasileiro.

Fontes Metropoles e Vista Patria