Detento que colocou tornozeleira em cavalo é preso novamente

Departamento penitenciário afirma que, se for constatado dano em aparelho, “detento responderá pelo crime de dano ao patrimônio público”.
O Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen-PR) afirmou, em nota nesta sexta-feira (29), que “não houve nenhuma falha no sistema de monitoramento eletrônico” no caso do cavalo flagrado com uma tornozeleira eletrônica em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.

O Depen acrescentou, ainda, que “a violação do equipamento foi detectada de pronto” e que “todas as providências cabíveis foram tomadas”.

O animal foi encontrado na região do Jardim Ibirapuera. Na quinta-feira (28), policiais militares, um agente do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) e um policial da Polícia Montada foram ao local para retirar o equipamento.

Na nota, o Depen explicou que o preso que usava a tornozeleira eletrônica foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão, em regime semiaberto, por roubo.

Ainda conforme o Depen, depois de cumprir parte da pena em regime semiaberto, no dia 15 de dezembro do ano passado, o Judiciário concedeu a ele o benefício da tornozeleira eletrônica.

Em 19 de dezembro de 2016, às 17h43, porém, o sistema detectou o rompimento do equipamento. O Depen disse que os agentes penitenciários que estavam de plantão tentaram ligar para o preso, mas que não tiveram sucesso.

No mesma data, às 23h43, o sistema acusou o fim de bateria do equipamento. O Depen, então, diz ter comunicado o fato ao juiz responsável. No dia 13 de janeiro deste ano, o magistrado revogou o benefício e o preso foi considerado foragido.

Em fevereiro deste ano, em data não informada, a tornozeleira eletrônica foi retirada do sistema de monitoramento devido ao extravio do equipamento, segundo o Depen. Em 4 de abril deste ano, o preso foi recapturado e encaminhado para o regime fechado.

No regime fechado, ele ficou até o dia 13 deste mês, quando o Judiciário concedeu progressão ao regime semiaberto, onde ele permanecia preso até a publicação desta reportagem.

Agora, a tornozeleira eletrônica que ele usava deve passar por uma avaliação. “[…] o equipamento apreendido passará por uma perícia, como seja constatado dano, o detento responderá pelo crime de dano ao patrimônio público”, explicou o Depen.

O Depen não esclareceu se foi o preso ou não quem colocou o aparelho no cavalo.

No Paraná são 6,2 mil presos monitorados atualmente. Os equipamentos são locados e o custo mensal da tornozeleira é o de R$ 241.

Fonte: G 1