De 25 países, Brasil é 2º com menor apoio ao aborto, diz pesquisa

No ranking mundial, a Malásia é o país menos favorável à interrupção da gravidez por vontade da mulher.

VIÇOSA, MG (FOLHAPRESS) – O Brasil é o segundo país, em uma lista de 25, com menos pessoas favoráveis ao aborto, segundo uma nova pesquisa, feita com 18 mil pessoas pelo instituto Ipsos.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-5990868310294203&output=html&h=250&slotname=1636004644&adk=4121174086&adf=2232939446&w=300&lmt=1597923222&psa=1&guci=2.2.0.0.2.2.0.0&format=300×250&url=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Fmundo%2F1608484%2Fde-25-paises-brasil-e-2-com-menor-apoio-ao-aborto-diz-pesquisa&flash=0&wgl=1&adsid=ChAI8L74-QUQn96S4puWkqBlEkwA-0nq2zs9p5NZmEGNCpHJZI6d-KELUHkh9_BUw467NAc0B0vHATMyDEj2nNJREZSW_bMnGlyAEDGWY_iEuUxDgN4Y7cJH8uOG4444&dt=1597923221654&bpp=24&bdt=1530&idt=821&shv=r20200817&cbv=r20190131&ptt=9&saldr=aa&jscb=1&jscd=1&abxe=1&cookie=ID%3Dca58f2dfacfdb784-227850aee1b70057%3AT%3D1596318668%3ART%3D1596318668%3AS%3DALNI_MbHvI8BLOYLnx8YWAeotAI5w3_Oxg&prev_fmts=0x0&nras=1&correlator=8460359581377&frm=20&pv=1&ga_vid=910744628.1565725092&ga_sid=1597923222&ga_hid=1658333420&ga_fc=1&iag=0&icsg=2233416559104&dssz=37&mdo=0&mso=0&u_tz=-240&u_his=5&u_java=0&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_nplug=3&u_nmime=4&adx=35&ady=1128&biw=1226&bih=524&scr_x=0&scr_y=0&eid=42530557%2C42530559%2C182982100%2C182982300%2C21066897%2C21066920%2C21065725&oid=3&pvsid=3375851018849542&pem=916&ref=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Feconomia%2F1606748%2Fmonitor-do-pib-aponta-queda-de-8-7-no-2-trimestre-ante-o-1-trimestre&rx=0&eae=0&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1242%2C524&vis=1&rsz=%7C%7CleEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=8192&bc=31&ifi=1&uci=a!1&btvi=1&fsb=1&xpc=W2WqKJPhj6&p=https%3A//www.noticiasaominuto.com.br&dtd=837

Os dados, divulgados nesta terça-feira (18), mostram que só 16% dos brasileiros acreditam que a prática deveria ser permitida em qualquer caso, ou seja, sempre que a mulher desejar. A média global é de 44%.

O apoio recuou consideravelmente desde o ano passado: enquanto 61% dos brasileiros entrevistados em 2019 disseram ser favoráveis ao aborto em qualquer circunstância ou em alguns casos, como o de estupro, neste ano o número dessas duas categorias somadas baixou para 53%.

No ranking mundial, a Malásia é o país menos favorável à interrupção da gravidez por vontade da mulher, com 10% de respostas positivas. O Brasil vem em seguida, empatado com o Peru.

Na outra ponta, aparecem a Suécia, com 76% de pessoas que consideram que o aborto deve ser permitido sempre que a mulher desejar, o Reino Unido, com 67%, e a França, com 66%.

Pela lei brasileira, o aborto é autorizado em casos de gravidez resultante de estupro ou quando há risco de vida para a gestante.

Neste mês, o caso de uma menina de 10 anos que engravidou vítima de estupro pelo tio teve repercussão nacional. Após ter o direito ao aborto negado no Espírito Santo, onde vive, ela viajou para Pernambuco, onde realizou o procedimento sob protestos de grupos conservadores na porta do hospital.

Dos brasileiros entrevistados pelo instituto Ipsos, o maior grupo (38%) é o dos que acreditam que o aborto deve ser permitido em determinadas circunstâncias, como em caso de estupro. Em seguida vêm 21% que acreditam que a interrupção da gravidez não deve ocorrer em momento algum, a não ser quando a saúde da grávida estiver em risco.

Depois vêm os 16% que apoiam a permissão em qualquer circunstância e outros 13% que acham que não deve ser aceito por lei em nenhum caso.

Também no Brasil, o índice dos favoráveis à interrupção da gravidez em qualquer caso é ligeiramente maior entre mulheres (17% contra 15% dos homens), entre os que têm menos de 35 anos (22% contra 10% dos que têm mais de 50 anos) e com maior escolaridade (21% contra 5% dos menos escolarizados).

No recorte por região do mundo entre os 25 países do estudo, a Europa é o continente mais permissivo, com 58% dos entrevistados respondendo que o aborto deve ser permitido sempre que a mulher desejar e 22%, em determinadas circunstâncias, totalizando 80%.

Na América do Norte, 47% são totalmente a favor e 24% são favoráveis em certos casos, somando 71%. Na Ásia e no Pacífico, os índices são de 43% e 28%, respectivamente, totalizando 71% também.

Já na América Latina o total de apoio é de 62%, com 26% favoráveis à interrupção da gravidez em qualquer caso e 36%, em algumas situações.

No Oriente Médio e na África, os números são de 38% de apoio total e 22% em certos casos, somando 60%.Para o levantamento, o Ipsos entrevistou 17.997 adultos em 25 países entre 22 de maio e 5 de junho.

No Brasil, foram mil pessoas, em uma amostra que corresponde a uma parcela mais urbana, escolarizada e conectada do que a média da população. A margem de erro para o país é de 3,5 pontos percentuais.