Cunha foi preso enquanto comia pão com manteiga, afirma jornal do RJ

Cunha foi preso enquanto comia pão com manteiga, afirma jornal do RJ

O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha foi preso no inicio da tarde desta quarta-feira (19) em
Brasília e de acordo com o jornal O Globo no momento ele saia de um supermercado. Ao ser abordado, policiais relataram que Cunha estaria comendo um pão com manteiga e não terminou o lanche.
O deputado cassado embarcou para Curitiba às 15h, horário de Brasília. Cunha chegou no aeroporto de Brasília por volta das 14h, porém o embarque foi realizado apenas uma hora depois. Cinco agentes da PF à paisana o acompanharam. Ele não estava algemado, segundo informações da Agência Brasil.

A chegada na capital paranaense deve acontecer por volta das 17h, e a previsão é que Cunha siga para a carceragem da PF e realize os exames do IML (Instituto Médico Legal) nesta quinta-feira (20).

Ordem de Prisão

A ordem de prisão foi expedida pelo juiz federal Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, em resposta ao pedido do MPF (Ministério Público Federal) em Curitiba. Para procuradores do MPF, a liberdade de Cunha representava risco ao andamento do processo, além de entenderem haver possibilidade concreta de fuga.

A disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade – Cunha é italiano e brasileiro – também foram argumentos usados pelos procuradores no pedido de prisão.

Em sua decisão pela prisão do ex-deputado, Moro destacou as supostas contas secretas na Suíça, algo que Cunha sempre negou ter. “Enquanto não houver rastreamento completo do dinheiro e a total identificação de sua localização atual, há um risco de dissipação do produto do crime, o que inviabilizará a sua recuperação. Enquanto não afastado o risco de dissipação do produto do crime, presente igualmente um risco maior de fuga ao exterior, uma vez que o acusado poderia se valer de recursos ilícitos ali mantidos para facilitar fuga e refúgio no exterior”.

Eduardo Cunha teve o mandato cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados em 12 de setembro, perdeu foro privilegiado e teve parte dos processos remetidos à 13ª Vara Federal, em Curitiba.