Covid-19 eleva risco de calotes na América Latina, diz agência de risco

Empresas aéreas, de turismo e lazer, petróleo e gás, açúcar e etanol estão entre aquelas com o risco mais alto de calote, aponta Fitch

  • por Agência Estado 
Fitch vê risco acima da média na maioria dos setores

Fitch vê risco acima da média na maioria dos setores

Reuters

A agência de classificação de risco Fitch avalia que o coronavírus aumentou o risco de refinanciamento para as empresas latino-americanas com dívidas que vencem em 2020

A percepção vale particularmente para as emissoras com grau especulativo e baixa liquidez que operam em setores de alto risco graças aos efeitos da pandemia.

De aproximadamente US$ 11 bilhões em dívida que vence no restante de 2020, cerca de 20%, ou US$ 2,5 bilhões, são detidos por essas empresas, “potencialmente levando a mais defaults diante das condições extremamente desfavoráveis no mercado de capital”, alerta a agência em comunicado.

A Fitch diz que dividiu em categorias os setores das empresas da América Latina, além de caracterizar as posições de liquidez das empresas com vencimentos de bônus em 2020.

A agência vê a maioria dos setores como com risco acima da média, diante do potencial de uma contração significativa do crescimento econômico global. Companhias aéreas, ligadas ao turismo e lazer, petróleo e gás, açúcar e etanol estão entre aquelas com o risco mais alto, aponta.

YPF e Grupo Idesa, de petróleo e gás, estão entre as empresas com dívida substancial neste ano e baixa liquidez, diz a agência.

Já Avianca, Digicel e Odebrecht registraram casos recentes de default, aponta, e têm dívida combinada de US$ 200 milhões prevista para este ano.

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