Como a covid-19 influenciou as buscas na web

As tendências captadas recentemente mostram que, em dezembro, com o repique da covid-19, as máscaras retornaram à lista de prioridades.

As tendências captadas recentemente mostram que, em dezembro, com o repique da covid-19, as máscaras retornaram à lista de prioridades. O maior destaque, porém, foi a investigação do preço do tender, 700% maior do que no início de dezembro de 2019. Os dados são do Radar Simplex, plataforma que usa inteligência artificial para detectar tendências a partir das pesquisas online.

“Para um ano atípico, é natural que as buscas na web também sejam atípicas”, disse João Lee fundador da Simplex ao Estadão/Broadcast. Segundo ele, os efeitos da pandemia são claros. “As pegadas deixadas na internet em 2020 provam que, de fato, o brasileiro enveredou-se por novos caminhos, talhados pelos sonhos e frustrações impostos pelo isolamento social e pelas restrições de uma vida limitada ao espaço de casa.”

No início da pandemia, em março, as buscas por “delivery” subiram 400% em relação à média dos 12 meses anteriores. Máscaras de proteção registraram suas primeiras aparições no topo das buscas naquele mês, 49% acima da média. O álcool em gel subiu ainda mais, com explosão de 923%.

Em maio, quando aparentemente os brasileiros perceberam que ficariam mais tempo em casa, os termos “fogão de 4 bocas”, “cadeiras de escritório” e “cachorro” cresceram 81%, 52% e 100%, respectivamente. Em junho, a paciência parecia no fim, com o termo “saco de pancada” em destaque: um salto de 115%. Em agosto, com a obrigatoriedade do uso de máscara, o equipamento de proteção teve alta de 246% nas buscas.

Em setembro, o consumidor pareceu mais interessado nos preços dos alimentos, que têm puxado a inflação. Destacou-se a busca por “melhores preços” – expansão de 200%. Em outubro e novembro, houve alta de 137% em buscas por “Heineken”, que também elevou preços no País.

Na Black Friday, em novembro, o líder de procura foi o console Playstation 5 – as buscas foram multiplicadas por seis no período. As pesquisas sobre pneus também subiram bastante: 60%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.