Chacina dentro de condomínio deixa cinco mortos no RJ

A polícia ainda investiga a motivação dos assassinatos

JUSTIÇA MARICÁ

Cinco jovens, entre os quais ao menos dois menores de idade, foram mortos a tiros na madrugada deste domingo (25) em Maricá, Região Metropolitana do Rio. De acordo com as primeiras informações, os garotos estavam numa área de convivência do conjunto habitacional Carlos Marighella, do programa federal Minha Casa Minha Vida, inaugurado em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff.

O crime foi cometido por volta das 5h50. A polícia ainda investiga a motivação dos assassinatos. Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo estão no local fazendo perícia e ouvindo testemunhas. A região de Niterói, São Gonçalo e o município vizinho de Maricá têm vivido aumento da violência.

Traficantes egressos de favelas da capital migraram para o interior na última década, fazendo subir os índices de violência urbana na região. Grupos milicianos também têm em menor medida expandido seus negócios para essas regiões do estado.

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Até às 14h12 a Polícia Civil ainda não havia divulgado qual a principal linha de investigação e os suspeitos de cometerem o crime. Também não há informações se os jovens mortos tinham relação com o crime organizado.

Não é a primeira vez que o conjunto habitacional Carlos Marrighella vira notícia. Em março de 2016, apenas sete meses depois de inaugurado, o conjunto sofreu uma enchente e diversos moradores perderam tudo depois que tiveram suas casas invadida pela água.

O crime em Maricá ocorre em meio a intervenção federal na segurança, que tem pouco mais de um mês desde que foi decretada, em 16 de fevereiro, pelo presidente Michel Temer.

Nesse sábado (24), uma operação policial terminou com pelo menos sete mortos. A PM confirma ter matado seis pessoas. Familiares da sétima vítima dizem que ele foi atingido por tiro pelas costas e que o homem não tinha relação com o crime organizado. A Delegacia de Homicídios da capital afirma, contudo, que há pelo menos nove vítimas fatais no conflito de sábado na favela. Com informações da Folhapress.