Brasil já é o país do G-20 com mais casos por milhão

Entre os países com grandes populações à frente do Brasil, e perfis próximos, se destaca apenas a Espanha, que voltou à marca de 10 mil casos por dia nesta semana

OBrasil se tornou ontem o país do G-20, o grupo das 20 principais economias mundiais, com o maior coeficiente de mortalidade por covid-19, com 613,46 mortes por milhão de habitantes, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em nono nesse ranking no mundo, o País superou o Reino Unido e se aproxima do Equador (com 614,18). O coeficiente de mortalidade é calculado dividindo o número total de óbitos pela covid-19 no país pelo número total da população.A primeira morte por covid-19 no Brasil foi anunciada em 16 de março.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-5990868310294203&output=html&h=250&slotname=1636004644&adk=4121174086&adf=2232939446&w=300&lmt=1600103927&psa=1&guci=2.2.0.0.2.2.0.0&format=300×250&url=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Fbrasil%2F1653157%2Fbrasil-ja-e-o-pais-do-g-20-com-mais-casos-por-milhao&flash=0&wgl=1&dt=1600103927466&bpp=24&bdt=402&idt=282&shv=r20200909&cbv=r20190131&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3Dca58f2dfacfdb784-227850aee1b70057%3AT%3D1596318668%3ART%3D1596318668%3AS%3DALNI_MbHvI8BLOYLnx8YWAeotAI5w3_Oxg&prev_fmts=0x0&nras=1&correlator=7589191162332&frm=20&pv=1&ga_vid=910744628.1565725092&ga_sid=1600103928&ga_hid=1131018307&ga_fc=1&iag=0&icsg=138009389568&dssz=38&mdo=0&mso=0&u_tz=-240&u_his=23&u_java=0&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_nplug=3&u_nmime=4&adx=35&ady=1240&biw=1226&bih=568&scr_x=0&scr_y=0&eid=182982100%2C182982300%2C21066468%2C21067034%2C21067054&oid=3&pvsid=3580505749987518&pem=916&ref=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Fbrasil%2F1653165%2Fincendios-levam-mato-grosso-do-sul-a-decretar-situacao-de-emergencia&rx=0&eae=0&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1242%2C568&vis=1&rsz=%7C%7CleEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=8192&bc=31&ifi=1&uci=a!1&btvi=1&fsb=1&xpc=HtIuOmzGLk&p=https%3A//www.noticiasaominuto.com.br&dtd=298

Depois disso, o País já registrou 131.663 óbitos e 4.330.152 casos do novo coronavírus, segundo balanço mais recente – o Estado de São Paulo lidera com 32.606 óbitos e 892.257 casos confirmados. Já a média móvel de mortes por covid-19, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, ficou em 711 neste domingo.

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, que reúne Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, foram registrados 389 novos óbitos em 24 horas e 14.294 casos. O Ministério da Saúde, por sua vez, relatou 3.573.958 pessoas recuperadas da infecção.

Apesar de a média móvel do Brasil apresentar uma queda nas últimas semanas, saindo do patamar de mil casos em agosto e agora se aproximando de baixar dos 700, o coeficiente de mortalidade, que é cumulativo, só aumenta. Em maio, quando se alcançou a marca dos 10 mil mortos, estava na 33.ª posição por milhão de habitantes. Mais recentemente, na marca dos 100 mil mortos, o fato de o Brasil não estar no chamado “top 10” dessa análise foi destacado pelo Ministério da Saúde, quando confrontado com o fato de o Brasil só ficar atrás dos Estados Unidos quando se consideram números absolutos de óbitos e registros positivos.

Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, explica que a pandemia no Brasil continua ainda muito intensa. “O número de casos e óbitos têm permanecido num patamar elevado desde o começo do mês de junho. Em cima disso, existem as várias subnotificações e atrasos.”

A OMS preconiza que um país quando começa a controlar a situação tem positividade dos testes abaixo dos 5%. “O Brasil tem uma média de 30%.No último mês, essa média aumentou. Estamos com 40%. Em alguns Estados está acima de 60%, como Tocantins”, afirmou Alves.

Outro item destacado pelo epidemiologista do Rio Grande do Sul é que o País nos momentos mais graves não fez lockdown e distanciamento social rigoroso. “Só retrocedeu, e isso fez com que os números que já eram altos explodissem.” Um terceiro motivo que contribui para esse número, de acordo com Hallal, é o descumprimento de medidas de segurança contra o coronavírus pela própria população brasileira. Os especialistas em Saúde ressaltam que os números por milhão de habitantes também precisam ser contextualizados.

Além das testagens, é preciso observar os diversos estágios da pandemia em cada País, o tamanho da população, a densidade demográfica e até o perfil etário de cada população. A Itália, por exemplo, um dos países que mais sofreram com a pandemia no mundo, começou a ter registros da doenças em meados de janeiro. Mas em maio, já começava a reabertura econômica gradual e marcava quedas nos números de covid-19, não alcançando mais a marca de mil óbitos por dia (do auge da pandemia).

Entre os países com grandes populações à frente do Brasil, e perfis próximos, se destaca apenas a Espanha, que voltou à marca de 10 mil casos por dia nesta semana. Nas Américas, a situação mais crítica nesse quesito é do Peru.Outros rankings.

O Estadão considerou os dados da OMS. Outros sistemas de informação vêm calculando a média com base em informações obtidas diretamente dos países. Dados do Our World Data, por exemplo, também mostram que agora o Brasil passou Suécia e Reino Unido por milhão, mas ficando atrás apenas de Chile, Andorra e Bélgica, Espanha e Peru.