Bancos privados podem baixar juros do crédito rural

Seguro pode também ser ampliado com maior presença das instituições financeiras
É possível diminuir as taxas de juros para o crédito oferecido ao produtor rural coma maior presença dos bancos privados neste segmento. Esta foi a ideia central que resultou do encontro do presidente do Santander, Sérgio Rial, com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) nesta semana.

O executivo defendeu a participação cada vez mais expressiva de bancos privados na concessão de crédito e seguro rural. Para ele, a entrada dessas instituições financeiras abre concorrência construtiva no mercado e possibilita nivelamento de preços, menores taxas de juros e propostas mais segmentadas.

“Vamos abrir, até o fim do ano, 22 lojas físicas vocacionadas ao agro com bancários formados em agronomia para entender cada cultura e lavoura de pequenos e médios produtores rurais do país. Isso resulta em propostas com custo-benefício melhores para cada situação e cada cliente”, disse Rial, acrescentando que o banco dispõe hoje de cerca de R$ 15 bilhões para atender o mercado agrícola.

A presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), enfatizou a necessidade de uma política agrícola mais eficiente e equilibrada. “Precisamos dar segurança e previsibilidade ao produtor, principalmente ao pequeno e médio, nas operações de financiamento. Precisamos simplificar os processos. E simplificar inclui em propostas com maiores e melhores incentivos financeiros e fiscais”.

O vice-presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), acredita que propostas com taxas menores de juros sejam apresentadas para cada agricultor que precisa do crédito. “Com a personificação do atendimento, o risco será baseado, bem como a taxa de juros, somente no cliente atendido e não em outras operações de risco do banco. Fazer seguro rural pela taxa de risco e não pela taxa geral de juros”.

Segundo o deputado Valdir Colatto (MDB-SC), coordenador de Meio Ambiente da FPA, as taxas de juros aplicadas nas propostas de financiamento não cabem no bolso do produtor rural: “A conta não fecha. É preciso dar alternativas para o agricultor escolher qual proposta tem o melhor custo-benefício. Nem 20% das lavouras hoje em dia no país possuem seguro rural. É preciso ir lá conhecer a realidade das pequenas produções para oferecer a melhor opção”.

Fonte: Agrolink