Amorim é considerado foragido; comércio de aeronaves lavava dinheiro

AVIÕES DE LAMA
Amorim é considerado foragido; comércio de aeronaves lavava dinheiroEdson Giroto e o cunhado dele foram presos na manhã de hoje.
Alvo da 3ª fase da Operação Lama Asfáltica, a Aviões de Lama, o empresário João Krampe Amorim é considerado foragido. Apesar da defesa dele ter avisado à superintendência da Polícia Federal em Campo Grande que ele irá se apresentar, aviso sobre a prisão contra ele foi disparado para o órgão em todo o Brasil.
PUBLICIDADE.
cc94b826-cd38-48e8-b503-781d505e742b
Deflagrada hoje, a operação prendeu o ex-deputado federal e secretário de Obras do Estado, Edson Giroto e o cunhado dele, Flavio Scrocchio. Os três são suspeitos de praticar crime de lavagem de dinheiro em negociações de compra e venda de aeronaves. Dois aviões, inclusive, foram apreendidos pela PF, um em Campo Grande e outro no Mato Grosso.
A aeronave apreendida no hangar do aeroporto Santa Maria, na Capital, custou R$ 350 mil (valor bem abaixo do de mercado) e segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) era operada por Scrocchio, que tinha comprado o bem do antigo dono. A compra, que teria envolvido o ex-deputado Giroto e o empresário Amorim, foi parcelada e ainda não estava quitada. Os valores usados no negócio seriam fruto de desvio de dinheiro público.
De acordo com o delegado Cleo Mazzotti, que comanda a operação, a aeronave já tinha sido bloqueada na segunda fase da operação, a Fazendas de Lama, em maio, mas as prisões foram pedidas porque as investigações revelaram o envolvimento dos três no esquema de compra e venda de aeronaves. O avião que está no Mato Grosso, por exemplo, tem valor estimado em R$ 2 milhões.
O empresário Amorim foi procurado na casa onde vive, mas aos agentes da PF a defesa afirmou que ele está em viagem fora do Estado. Ele já comunicou à PF que irá se apresentar na superintendência da corporação, na Capital, mas não detalhou quando.
OPERAÇÃO
De acordo com a Polícia Federal, a operação decorre da análise da documentação apreendida na segunda fase, denominada ”Fazendas de Lama”. Na ocasião, foi possível extrair elementos indicativos que os investigados estavam se desfazendo do patrimônio com revenda de bens de alto valor e distribuindo esses montantes para diversas pessoas, a fim de ocultar a origem do dinheiro.
Trata-se da alienação de aeronave no valor de R$ 2 milhões. A investigação revela que o grupo optou por se desfazer do patrimônio para fazer a divisão do produto da venda em valores menores. No caso, mediante a entrega de outra aeronave de R$ 350 mil, além de quatro cheques que foram destinados a quatro pessoas, operando assim, o fracionamento do patrimônio com o objetivo de dificultar o rastreamento do dinheiro obtido com a venda do avião.
A organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções, prestação de serviços nas áreas de informática e gráficas. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
O motivo do nome da operação é em razão do modo de se desfazer da aeronave, já que o grupo utilizou de recursos públicos desviados de contratos de obras publicas, fraudes em licitações, recebimento de propinas e crimes de lavagem de dinheiro.Correio do estado.
PUBLICIDADE:
1argamasa grudabem