Agronegócio busca novos mercados para dar outro salto

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As exportações do agronegócio brasileiro renderam US$ 1,03 trilhão nos últimos 15 anos. Valor semelhante a esse virá em muito menos tempo daqui para a frente.

Líder mundial nas vendas externas de vários produtos –como soja, açúcar, café, carnes e outros–, o Brasil deverá ampliar esse leque.

Mas não é só o volume que conta. É esperada uma mudança de perfil da produção e da qualidade produtos vendidos, gerando mais dólares com menos mercadorias.

Nada mal para um país que, há poucas décadas, era o centro de interesse dos exportadores de alimentos. O Brasil importava praticamente de tudo, à exceção de café.

“Chegamos onde estamos pelas vendas externas, e o futuro da agropecuária brasileira passa pelas exportações”, afirma Elisio Contini, da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

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Ele acredita que o futuro do país nesse setor está nos grãos e nas carnes, e o Sul da Ásia será o parceiro dos próximos anos. Na região, vive 51% da população mundial.

Contini vê, no entanto, a necessidade de melhorar a organização no setor, principalmente no comércio exterior: “O país precisa começar a vender, e não a ser vendido.”

Projeções são sempre projeções, mas, desde que partam de premissas consistentes, podem indicar tendências. Com tantas instituições indicando o Brasil como país do futuro nessa área, o caminho pode ser este mesmo.

A FAO (braço da ONU no setor de alimentos) aponta recorde de consumo per capita de alimentos nos países desenvolvidos daqui a dez anos. Nos países menos desenvolvidos, o crescimento tende a ser maior nos próximos anos.
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Diante da necessidade de ampliação do fornecimento mundial de produtos agropecuários, a FAO coloca o Brasil como um dos destaques.

A participação brasileira deverá ser ampliada não apenas em grãos e proteínas, mas também em produtos voltados para a energia renovável.

Compartilham dessa visão o Departamento de Agricultura dos EUA, a Comissão de Agricultura da União Europeia e o governo brasileiro.

Para o ex-ministro Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), “o passaporte brasileiro é a sanidade”. Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), diz que é preciso melhorar a qualidade dos produtos para chegar a mercados que pagam mais.

O Brasil tem oferta constante, volume e preços competitivos, mas ainda precisa atingir esses países. “A otimização vai colocar a indústria brasileira no andar de cima”, diz.Turra concorda. Enquanto o Brasil coloca a tonelada de frango a US$ 1.600, em média, na Europa, a Tailândia obtém US$ 3.000.

Pelo menos 60% das exportações dos tailandeses para a Europa são de produtos processados. No caso dos produtores brasileiros, o percentual equivalente é restrito a 5%. “É preciso sairmos dessa comoditização”, diz Turra.

LIDERANÇA

No setor de grãos, a soja já é “favas contadas”, segundo Anderson Galvão, da consultoria Céleres. Além de maior exportador mundial, o país deverá se tornar também o maior produtor mundial, ultrapassando os americanos.

Mas o grande salto nos próximos anos virá do milho, destaca Galvão. O consumo está crescendo mais do que a capacidade de produção da China, hoje autossuficiente, e ela terá que importar mais.

O café, que no passado foi a base das exportações agrícolas brasileiras, também terá papel importante. O consumo mundial deverá crescer de 150 milhões de sacas para 180 milhões em dez anos. O Brasil deverá suprir pelo menos metade da demanda mundial, prevê Nathan Herszkowicz, da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

O açúcar, outro produto tradicional, terá ritmo mais intenso, principalmente com a demanda crescente nos países em desenvolvimento.

O país deverá aumentar ainda sua participação na oferta de energia renovável. A FAO aposta em crescimento na produção brasileira de etanol. Além disso, a Europa deverá importar mais biodiesel.

MUDANÇA DE HÁBITOS

Nesse caminho de abertura para exportações nos próximos anos, a Índia seguramente será um dos principais mercados. Está havendo uma mudança de hábitos alimentares no país, promovida pela globalização e pelo aumento de turismo. O Brasil vai participar dessas mudanças no país, acredita Contini.

O pesquisador da Embrapa adiciona à lista de mercados com bom potencial os de outros países do Sul da Ásia, do Oriente Médio e da Europa.

Na América Latina, os olhos devem ficar voltados para o México, que importa cada vez mais proteínas e cereais, principalmente milho.

Mas, se o Brasil vai bem em algumas áreas, ainda tem muito que caminhar em outras. As previsões de mercados indicam um bom desenvolvimento nos setores de carnes, leite e peixe. O país tem pouca participação no setor externo nos dois últimos.

Após o intenso desenvolvimento nos setores de grãos, carnes e produtos florestais, o Brasil também deverá ter um impulso externo maior nos setores de flores, leite e peixes, acreditam analistas.

Fonte: Famasul

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