A Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, teve início nesta segunda-feira com o tradicional calor de Ribeirão Preto. A cidade recepcionou os visitantes com temperaturas acima de 30 graus e sensação térmica beirando os 40. A região não recebe chuvas, com acumulados de mais de 10 milímetros, pelo menos há 50 dias.
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Mesmo com o tempo seco e quente, a preocupação não é essa por aqui. O foco das atenções está no rumo dos negócios na terceira maior feira agrícola do mundo. A pergunta mais feita é: Como estão as expectativas do pessoal?
A resposta mais repetida pela maioria é que a cojuntura econômica e política continua complexa, mas a trajetória mais provável ao país aponta para dias melhores. Na visão de lideranças do agronegócio, a crença na mudança está alicerçada na possível troca de governo com o impeachment da presidente Dilma. Será a melhora das expectativas suficiente para impulsionar os negócios na feira? Parece precipitado dizer que sim, ao menos neste primeiro dia de Agrishow não encontrei nenhum produtor super animado, cheio de vontade de contratar financiamentos para comprar máquinas, por exemplo.
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O setor sucroenergético, forte na região de Ribeirão Preto, espera uma colheita com produtividade maior que nos anos anteriores e com preços bem mais remuneradores para açúcar e etanol. Se de um lado essa notícia é boa, do outro lado a conjuntura não deve estimular investimentos dos produtores rurais. Os agricultores devem destinar os lucros para cobrir os prejuízos das safras passadas. Novas compras devem ser adiadas, me disse um dos mais tradicionais produtores da região, senhor Manoel Ortolan.
Enquanto toda a empolgação da época do “boom das commodities” não volta a dar o ar da graça por aqui, as empresas do segmento de máquinas alertam que o volume de dinheiro disponível para aquisição de equipamentos é o maior para essa época do ano na comparação com os períodos anteriores. Segundo a Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da ABIMAQ, há R$ 1 bilhão e 800 milhões disponíveis para financiar as compras com os juros do atual Plano Safra, que vigoram até o fim de junho. Além disso, as próprias montadoras de máquinas estão abrindo as portas de seus bancos para estimular a clientela. A Agrishow pretende superar os resultados do ano passado, que chegaram a R$1 bilhão e 900 mil.
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