A marca dos 100 milhões na internet

A marca dos 100 milhões na internet
Somos 100 milhões de brasileiros conectados à internet. A constatação é do levantamento realizado pelo IBGE e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. Apesar de expressivo, o número também revela que ainda existem 42,5% da população que não participam desse sistema inovador. Em suas diferentes vertentes, a pesquisa também informa que vem diminuindo o número de acessos à rede pelo computador e aumentado o uso do smartphone. Ainda revela que vem subindo o contingente de idosos – acima de 60 anos – conectados. Em 2005 eles eram apenas 1,8%, passaram para 12.6% em 2013 e hoje são 17,4% do total.
Desde a sua popularização no Brasil, ao redor do ano 2000, a internet só cresceu, abriu novas possibilidades e acabou por atrair praticamente todos os segmentos de serviços públicos e privados que, com a ampliação e confiabilidade da rede, passaram a por ela disponibilizar os as suas atividades. Isso vai desde a Receita Federal, que “internetizou” o imposto de renda, aos bancos, repartições diversas, instituições de ensino e meios de comunicação. Apesar das dificuldades e gargalos ainda existentes, chegamos ao momento em que com o simples acesso à rede somos capazes de receber e emitir as comunicações que necessitamos para o trabalho, a relação com os órgãos públicos, a rede bancária, a educação, cultura, lazer, etc.
Com um serviço tão eclético na ponta dos dedos, mudam-se os hábitos e a prestação de serviços. Buscamos na rede aquilo que necessitamos e só nos locomovemos ao fornecedor, quando este não está “online”. Mas quem se mantém fora da rede, pode ter de fechar seu negócio, por falta de clientes. A conclusão mais óbvia é de que chegamos a um tempo que décadas atrás era apenas imaginado pela futurologia. Trabalhamos, cumprimos nossas obrigações fiscais, pagamos nossas contas, estudamos, ministramos aulas, assistimos filmes, ouvimos músicas, recebemos informações, compramos desde o simples sanduíche até o automóvel, sem sair de casa, evitando congestionamentos, consumo de combustíveis, poluição e outros problemas urbanos e ambientais.
É evidente que navegar na internet brasileira ainda não é aquela perfeição que sonhamos e necessitamos, mas estamos a caminho. É preciso que os órgãos normativos e as operadoras não descuidem na adoção de métodos e tecnologias e que a população seja treinada para fazer o melhor uso possível do recurso colocado à sua disposição. Afinal, internet hoje não é apenas mais um serviço banal ou facultativo. É o agregador de centenas, talvez milhares de atividades fundamentais à sociedade. É artigo de primeira necessidade…