Facção que matou 60 presos compra armas de grupo aliado do PT

Apontado como um dos fornecedores da FDN, Nelson Flores Collantes, o ‘Acuario’, foi preso na operação La Muralla em 20 de novembro de 2015 quando assistia ao filho jogar futebol (Jorge Carrillo/RPP)
1.

O Ministério Público Federal revelou que a FDN (Família do Norte) tem “conexões estreitas” com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Isto significa que, com ajuda de intermediários, a facção criminosa que matou 60 presos em Manaus compra drogas e armas pesadas como fuzis AK-47 e submetralhadoras Uzi do grupo narcoterrorista historicamente aliado do PT.

Oh, supresa…

O peruano Nelson Flores Collantes, conhecido como “Acuario”, é apontado pelas investigações como um dos elos da FDN com as Farc, sobretudo com o braço da organização no Peru. Para o MPF, a “proximidade de Acuario” com as Farc “facilitou seu acesso a diversos armamentos” vendidos a integrantes da FDN.

Além disso, o traficante comercializava cerca de 400Kg de cocaína por mês das Farc e fazia “remessa internacional para o território brasileiro”.

Após o massacre, como este blog comentou, Frei Betto publicou artigo no Globo lamentando o “preconceito étnico” e “de classe” contra presos no Brasil, cujas mortes não comovem a população como as de qualquer cidadão de bem.

Em agosto de 2003, Betto foi apontado em entrevista dada à Folha pelo então número 2 das Farc, Raúl Reyes, como um dos contatos das Farc dentro do PT.

Betto vai lamentar também os contatos da FDN?

2.

Vale a pena lembrar e comentar mais uma vez o trecho principal daquela entrevista:

“Folha – O sr. conheceu Lula?

Reyes – Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.”

Este blog recorda o ano. Foi na edição de 1996 do Foro de São Paulo, o congresso anual de esquerda criado em 1990 por Lula e José Dirceu em parceria com o Partido Comunista do ditador cubano Fidel Castro.

Quando Reyes morreu bombardeado pelo Exército colombiano em 1º de março de 2008, o ditador da Venezuela Hugo Chávez confirmou na prática o episódio, contando na TV que conheceu Reyes e Lula naquela mesma edição do Foro em San Salvador. Confundiu apenas o ano, citando 1995 em lugar de 1996. O vídeo segue disponível e pode ser assistido aqui.

“Folha – Houve uma conversa?

Reyes – Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.”

No poder, como mostra a Lava Jato, Lula sempre contou com emissários para contatos menos nobres, que não pegariam bem para a sua imagem.

“Folha – Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?

Reyes – Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.

Folha – Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?

Reyes – As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na época do presidente [Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil.

Folha – O sr. pode nomear as mais importantes?

Reyes – Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas…

Folha – Quais intelectuais?

Reyes – [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.”

Betto, aparentemente, era o emissário de Lula no eventual contato com as Farc.

3.

Em março de 2008, quase cinco anos depois daquela entrevista, o assessor especial do então presidente Lula para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, declarou ao jornal Le Fígaro:

“Eu lhes lembro que o Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc: nós não as qualificamos nem de grupo terrorista nem de força beligerante. Acusá-las de terrorismo não serve pra nada quando a gente quer negociar.”

Era verdade, afinal o PT “negociava” com as Farc a conquista do poder na América Latina em assembleias secretas do Foro de São Paulo.

(Isto sem contar o refúgio político concedido por Lula ao padre Olivério Medina, o “Camilo”, embaixador das Farc no Brasil, e a boquinha na Secretaria da Pesca concedida por Dilma Rousseff à esposa dele, Angela Maria Slongo, a “Mona”.)

No computador de Reyes, segundo a revista colombiana Cambio, ainda foram encontrados e-mails com menção a Garcia.

Curiosamente, os petistas que lamentam o massacre em Manaus jamais lamentaram a posição “neutra” – para não dizer cúmplice – do governo do PT em relação às Farc, fornecedoras (traficantes) de drogas e armas à FDN.

4.

Antes de se deixar cooptar como “suposto jornalista” (nas palavras do juiz Sérgio Moro) a serviço do PT no site Brasil 247, vulgo Brasil 171, até Leonardo Attuch, então repórter da IstoÉ, chegou a denunciar, naquele mesmo mês de março de 2008, o vínculo do suposto partido com os narcotraficantes das Farc:

“Em 1996, a empreiteira Andrade Gutierrez construía uma grande hidrelétrica nos Andes quando dois de seus engenheiros, Eduardo Batista e Demétrio Duarte, foram seqüestrados pelas Farc (…). A empresa acionou o Itamaraty, tudo foi tentado pelas vias diplomáticas, mas os dois brasileiros continuaram em poder dos guerrilheiros durante 207 dias. Só saíram do cativeiro depois que um novo ator entrou em cena: o Partido dos Trabalhadores. Por meio de ‘negociadores’ indicados pelo PT, a Andrade Gutierrez pagou um resgate milionário, o dinheiro foi transportado em malas para a selva amazônica e os engenheiros regressaram ao Brasil.”

Fofo, não?

5.

Agora o UOL resume a atuação dos narcoterroristas, obviamente sem citar o PT:

“A parceria entre as Farc e facções criminosas no Brasil é antiga. Durante décadas, a guerrilha foi apontada como fornecedora de armas e drogas para quadrilhas ligadas ao tráfico de entorpecentes no Brasil. A parceria mais conhecida é a aliança entre a chamada ‘Frente Primeira’ das Farc e o Comando Vermelho, facção com a qual a FDN está associada.

Apesar de as Farc e o governo colombiano terem anunciado um acordo de paz nos últimos meses, dissidentes da guerrilha ligados à ‘Frente Primeira’, que atuaria em boa parte da fronteira do Brasil com a Colômbia, se recusaram a aceitar os termos do acordo.”
revistaVEJA

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