Preço do petróleo desaba 9% com temores sobre recessão e impacto na demanda

Barril do Brent é negociado a perto de US$ 103, um recuo de mais de US$ 10 frente a cotação de abertura do dia.

Por g1

Os preços do petróleo operam em forte queda nesta terça-feira (5), com as preocupações de que uma possível recessão global reduza a demanda, superando os temores de interrupção da oferta, acentuados por um corte de produção na Noruega.

Perto das 13h10 (horário de Brasília), o barril de petróleo Brent tombava 9,08%, a US$ 103,19, um recuo de mais de US$ 10 frente a cotação de abertura do dia. Já o petróleo dos EUA (WTI) desabava 8,41%, cotado a US$ 99,31 o barril.

Na véspera, não houve fechamento de preços do WTI na segunda-feira por causa do feriado nos EUA. Na última sexta-feira, o barril do Brent fechou a US$ 111,63 e o do WTI a US$ 108,43.

Os investidores estão cada vez mais preocupados, à medida que o aumento recente nos preços do gás e dos combustíveis alimenta preocupações com a recessão.

Com a guerra na Ucrânia, os preços atingiram uma alta de 14 anos em 7 de março, com o Brent chegando a US$ 139,13. Mas nas últimas semanas vinha orbitando ao redor de US$ 112.

Na zona do euro, dados mostraram que o crescimento dos negócios em todo o bloco desacelerou ainda mais no mês passado, com indicadores prospectivos sugerindo que a região pode entrar em declínio neste trimestre, já que a crise do custo de vida mantém os consumidores cautelosos.

Na Coreia do Sul, a inflação atingiu em junho uma máxima de quase 24 anos, aumentando os temores com a desaceleração do crescimento econômico e a demanda por petróleo.

As preocupações com a oferta ainda persistem e elevaram os preços do WTI e do Brent no início da sessão, em meio a possíveis interrupções na produção da Noruega, onde os trabalhadores da indústria offshore iniciaram uma greve.

Espera-se que a greve reduza a produção de petróleo e gás em 89.000 barris de óleo equivalente por dia (boepd), dos quais a produção de gás representa 27.500 boepd, disse a produtora norueguesa Equinor.

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* Com informações da Reuters