Paraná cria programa para acolher cientistas ucranianas

O objetivo é abrir espaço para recrutar cientistas das universidades ucranianas e trazê-las para universidades sediadas no Paraná, por um período de até dois anos.

O governo paranaense estima o recebimento de até 50 pesquisadoras que possuam o título de doutoras e que estejam ou estiveram atuando no desenvolvimento de projetos de pesquisa. A ideia é viabilizar, complementarmente, uma extensão nas universidades do Paraná.

O programa será tocado pela Fundação Araucária, ligada à Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. As candidatas interessadas, segundo o governo do Paraná, deverão encaminhar propostas em até duas laudas, em ucraniano, português ou inglês, contendo a sua intenção de projeto. Terão ainda que encaminhar um vídeo de até três minutos, explicando o que gostariam de desenvolver. O vídeo pode ser gravado com o próprio celular.

Além da bolsa, a Fundação Araucária vai oferecer à pessoa selecionada e seus dependentes, quando houver, as passagens aéreas de vinda ao Brasil e retorno à Ucrânia. O programa Paraná Fala Idiomas oferecerá, gratuitamente, cursos de Português como língua adicional.

Segundo o governo estadual, o Paraná concentra cerca de 80% da totalidade dos imigrantes ucranianos no Brasil. “Identificou-se como prioridade estruturar uma ação de acolhida àqueles que tanto contribuíram com o desenvolvimento do Estado”, afirmou o governo do Estado.

A imigração ucraniana se concentra na região centro-sul do Paraná, onde o porcentual de imigrantes pode chegar a 75% da população residente em algumas cidades.

As informações sobre o Programa serão encaminhadas às cientistas ucranianas por meio da Fundação Araucária, além da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Ministério de Relações Exteriores, Humanitas e universidades paranaenses, além da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai) e Cáritas. Há ainda um e-mail para mais informações: [email protected]