Estudo aponta maior capacidade de transmissão da Ômicron, mas menor severidade

Pesquisadores destacaram que, mesmo com severidade reduzida, o risco global da linhagem é “provavelmente muito significativa”

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong (HKUMed, na sigla em inglês) analisou a capacidade de replicação da variante Ômicron e indicou que ela pode ser de fato mais transmissível, porém, causar quadros infecciosos menos severos. Os pesquisadores destacaram que, mesmo com severidade reduzida, o risco global da linhagem é “provavelmente muito significativa”.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-5990868310294203&output=html&h=250&slotname=1636004644&adk=4121174086&adf=2232939446&pi=t.ma~as.1636004644&w=300&lmt=1639825401&psa=1&format=300×250&url=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Fultima-hora%2F1869636%2Festudo-aponta-maior-capacidade-de-transmissao-da-omicron-mas-menor-severidade&flash=0&wgl=1&uach=WyJXaW5kb3dzIiwiMTAuMC4wIiwieDg2IiwiIiwiOTYuMC40NjY0LjExMCIsW10sbnVsbCxudWxsLCI2NCJd&dt=1639825401109&bpp=48&bdt=328&idt=197&shv=r20211207&mjsv=m202112060101&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3Df79d217719d39ff3-22656e76cacc0014%3AT%3D1637501898%3ART%3D1637501898%3AS%3DALNI_MZFGFirVsjGP0t4wFPH2hw5wSHHHA&prev_fmts=0x0%2C288x250&nras=1&correlator=32811579796&frm=20&pv=1&ga_vid=1039168794.1602411974&ga_sid=1639825401&ga_hid=2045372343&ga_fc=1&u_tz=-180&u_his=4&u_h=768&u_w=1366&u_ah=768&u_aw=1299&u_cd=24&dmc=8&adx=35&ady=1241&biw=1282&bih=665&scr_x=0&scr_y=0&eid=44750774%2C182982100%2C182982300%2C31063825%2C21067496&oid=2&pvsid=1223464767029270&pem=916&tmod=215&ref=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Fpolitica%2F1869565%2Fbolsonaro-vai-a-posto-medico-do-planalto-governo-nao-informa-motivo&eae=0&fc=1920&brdim=67%2C0%2C67%2C0%2C1299%2C0%2C1299%2C768%2C1299%2C665&vis=1&rsz=%7C%7CleEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=0&bc=31&ifi=2&uci=a!2&btvi=2&fsb=1&xpc=4HqtNNQ0fM&p=https%3A//www.noticiasaominuto.com.br&dtd=207

Para chegar aos resultados, os cientistas utilizaram tecidos pulmonares para analisar como a cepa original do novo coronavírus, a Delta e a Ômicron infectam o trato respiratório humano. A pesquisa ainda está sendo analisada por pares antes de ser publicada em uma revista científica, informou a instituição de ensino.

A análise apontou que, quando comparada às outras duas cepas, a Ômicron se multiplica 70 vezes mais rapidamente nos brônquios humanos (estruturas com formato de tubo que ligam traqueia e pulmões, cuja função é encaminhar ar para esses órgãos). Isso pode explicar por que a linhagem detectada na África do Sul é mais transmissível – como indicaram evidências preliminares citadas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).

No tecido pulmonar, formado pelos alvéolos (responsáveis pela troca gasosa que leva oxigênio ao sangue), no entanto, a replicação da nova variante parece ser menos eficiente, um indício de que a doença causada por ela pode ser menos severa. A Ômicron se multiplica cerca de 10 vezes mais devagar do que a Delta e a original, apontou o estudo.

Em quadros graves da covid, o vírus ataca principalmente os alvéolos. A inflamação desses “sacos de ar” os enche de líquido, o que prejudica a troca gasosa. Assim, o sangue não consegue receber a quantidade adequada de oxigênio nem eliminar o gás carbônico, causando falta de ar.

Michael Chan Chi-wai, líder da pesquisa, destacou, em nota, que a severidade de uma doença não é determinada apenas pela capacidade de replicação do vírus, dependendo também da resposta imune do paciente. “Ao infectar muito mais pessoas, um vírus infeccioso pode causar doenças mais graves e morte, embora o vírus seja menos patogênico”, alertou.

Chi-wai também citou que estudos recentes feitos pelas equipes dele mostraram que “a variante Ômicron pode escapar parcialmente da imunidade proporcionada pelas vacinas e infecções anteriores”. Por isso, avalia que a ameaça global da nova cepa é “provavelmente muito significante”.