“O colapso é iminente”, diz secretário em dia com 63 mortes por covid

Estado começa a semana com quase 300 pessoas na fila de espera por leitos, 164 na Capital

A segunda-feira (7) chega com a notícia de mais 63 óbitos por covid-19 em Mato Grosso do Sul. “Número é exageradamente grande para um estado do tamanho do nosso”, alertou novamente o secretário de Saúde, Geraldo Rezende.

O momento é considerado “extremamente difícil”, de “iminente colapso”, nas palavras do secretário. São 52,9 óbitos por dia nos últimos 7 dias e 1.783 contaminados em média a cada 24 horas.

Veja a evolução da média móvel de casos e de óbitos em MS:

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Hoje, com 1.650 infectados a mais na estatística, o Estado tem 21.910 pessoas com o vírus ativo, 1.303 delas internadas, 552 em UTIs. Mas, segundo a SES, o número pode ser bem maior, por conta da redução nos repasses de resultados de exames no fim de semana e aglomerações registradas durante os 4 dias de feriadão. São 8.500 testes pendentes de atualização nos municípios.

O Estado tem quase 271 pessoas na fila de espera por leitos clínicos e de UTI, 164 na Capital.  Em todas as Macrorregiões há mais de 100% de ocupação de leitos. Em Campo Grande, o índice chega a 108%, ou seja, 8% a mais que a capacidade máxima.

“É preciso medidas mais enérgicas em todo Mato Grosso do Sul”, voltou a avaliar o secretário.

O Hospital do Pênfigo ativa amanhã mais 10 leitos, o que pode amenizar o problema. Três Lagoas, que hoje tem recorde de lotação – 109%, também recebe amanhã 10 leitos novos

“Vemos casamento sendo celebrados, gravação de DVD na Capital e uma parcela significativa da população é aliada do vírus. São os abutres da morte”, atacou Geraldo Rezende.

Desde semana passada, o Estado já transfere pacientes para outras regiões. Para São Paulo – Capital, 5 pacientes foram ontem e hoje outros 5 serão transferidos. Segundo Gerlado Rezende, São Bernardo do Campo liberou mais 5 leitos de UTI e 5 clínicos. Ainda sobra 1 vaga em Porto Velho, Rondônia, que também abriu as portas para Mato Grosso do Sul.

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