La Niña ganha força e fenômeno pode durar até 2023

Sob a influência do fenômeno, a previsão do tempo espera chuva abaixo da média a partir de maio no centro e Sul do Brasil

Segundo a Administração Americana de Oceano e Atmosfera (Noaa), a chance do La Niña avançar por todo o ano de 2022 e chegar ao início de 2023 é cada vez maior. A última atualização da Noaa indicou que o oceano Pacífico equatorial continua mais frio que o normal.

A postergação do La Niña não é uma novidade no atual cenário em que o Pacífico vem se mostrando mais períodos com águas frias que águas quentes, fenômeno chamado de Oscilação Interdecadal do Pacífico. A fase fria começou no início dos anos 2000 e ainda não tem uma data específica para terminar.

Para 2022, as simulações meteorológicas passaram a responder ao sinal com a previsão de chuva abaixo da média a partir de maio no centro e Sul do Brasil. Apenas a região Norte e a costa do Nordeste e do estado do Espírito Santo vão receber mais chuva que o normal, padrão típico quando estamos olhando para um período com resfriamento do Pacífico. Em junho, a chuva acima da média vai ficar restrita apenas à região Norte e à costa do Nordeste e vai enfraquecer sobre o Espírito Santo. A chuva vai continuar abaixo da média no centro e sul do Brasil.

Em julho, uma boa parte do Norte e Nordeste terão precipitação dentro da média, enquanto o centro e sul do Brasil permanecerá sob menos chuva, a exemplo do que já vem acontecendo desde a última safra de verão. Apesar da queda acentuada de temperatura em algumas oportunidades, o mês de maio será mais quente que o normal no Centro-Oeste e menos quente que o normal em Minas Gerais, Espírito Santo e em boa parte do Norte e Nordeste. Ainda segundo a previsão do tempo, em junho, aparecerão as ondas de frio mais intensas com queda acentuada da temperatura e geadas mais amplas no Sul. CANAL RURAL