Dólar tem forte queda e fecha a R$ 5,52

O dólar operou em forte queda nesta sexta-feira (28), com os mercados repercutindo a aprovação de transferência imediata ao Tesouro Nacional do resultado cambial do Banco Central. A moeda norte-americana caiu 2,93%, vendida a R$ 5,5252.

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,72%, a R$ 5,5758. Na parcial do mês, já subiu 3,75%, e no ano, tem alta de 34,98%. Na semana, por outro lado, a queda foi de 3,38%.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou na quinta-feira o Banco Central a repassar R$ 325 bilhões para o Tesouro Nacional. O dinheiro deverá ser usado no pagamento da Dívida Pública Mobiliária Interna, isto é, o endividamento do governo feito em reais.

Em nota, o conselho informou que o valor a ser repassado poderá ser ampliado “caso haja necessidade”. Além disso, a equipe econômica do governo chegou ao valor pedido pelo presidente Jair Bolsonaro para a prorrogação do Auxílio Emergencial até o fim do ano: R$ 300.

Com isso, o anúncio do programa Renda Brasil ficará para um segundo momento, já que a equipe econômica deve apresentar novos cálculos para que o presidente tome a decisão.

Isso ocorre após divergências entre Bolsonaro e a equipe do ministro Paulo Guedes, em meio a preocupações sobre a agenda fiscal do país. Os agentes do mercado têm avaliado que as divergências dificultam o cumprimento de uma agenda fiscal no sentido de austeridade

O que ameaça manter a dívida pública em trajetória de alta, deteriorando a percepção sobre as contas públicas do país e reduzindo a confiança dos investidores. La fora, a cautela prevalece com as tensões entre EUA e China.

Em discurso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, apresentou uma nova estratégia agressiva para levar os Estados Unidos de volta ao pleno emprego e elevar a inflação a níveis mais saudáveis em um mundo em que agora acredita que “riscos negativos ao emprego e à inflação aumentaram”.

Segundo a nova abordagem, apresentada em um novo comunicado sobre as metas de longo prazo e estratégia de política monetária do Fed, o banco central dos EUA buscará alcançar inflação de 2% em média ao longo do tempo, compensando os períodos abaixo de 2% com inflação mais alta “por algum tempo”, e para garantir que o emprego não fique aquém de seu nível máximo. Fiems