Dólar tem 5º dia de queda e fecha a R$ 5,69, com tarifas de Trump em foco; Ibovespa vai à máxima desde setembro

A moeda norte-americana caiu 0,47%, cotada a R$ 5,6916. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 1,79%, aos 134.580 pontos, no maior patamar desde setembro de 2024.

O dólar registrou o quinto dia consecutivo de queda nesta quinta-feira (24), encerrando cotado a R$ 5,69. O pregão foi marcado pelas reações do mercado aos desdobramentos do tarifaço do presidente dos Estados UnidosDonald Trump, e da guerra tarifária entre o país e a China.

Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, encerrou em alta, atingindo o maior patamar desde setembro e acompanhando as bolsas de Nova York, que avançaram também pelo otimismo vindo de uma possível diminuição das tensões tarifárias.

Nos últimos dias, Trump deixou de atacar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e adotou um tom mais ameno ao falar sobre a guerra comercial com a China, indicando a possibilidade de um acordo com Pequim.

Os posicionamentos dos líderes dos dois países, no entanto, são contraditórios. Trump afirmou nesta quinta-feira que os EUA e a China conversaram pela manhã para tentar chegar a um acordo. O governo chinês, por outro lado, negou que existam negociações comerciais em curso(saiba mais abaixo)

Como contraponto ao otimismo, os investidores avaliam os impactos já causados pelo tarifaço na economia global.

Nos EUA, o Livro Bege, relatório produzido pelo Fed, revela que os preços de alguns produtos e serviços já estão subindo, enquanto as empresas e a população americanas buscam se adaptar e se proteger do tarifaço.

Além disso, o documento indicou que a atividade econômica dos EUA também dá sinais de desaceleração. Como os EUA mantêm diversas relações comerciais com diferentes nações, esse crescimento menor pode prejudicar a atividade econômica global.

Por Redação g1 — São Paulo