Dólar sobe e fecha a R$ 5,99, após EUA confirmarem tarifas extras de 50% sobre a China; Ibovespa cai

A moeda norte-americana teve alta de 1,47%, cotada a R$ 5,9973. Já o principal índice da bolsa brasileira recuou 1,32%, aos 123.932 pontos.
O dólar disparou mais uma vez e fechou a R$ 5,99 nesta terça-feira (8), após os Estados Unidos confirmarem a cobrança de uma tarifa extra de 50% sobre produtos importados da China.

Com a medida, a soma de todas as taxas aplicadas pelos EUA contra os chineses chegará a uma alíquota de 104%. As cobranças passarão a valer já nesta quarta-feira (9), informou a Casa Branca.

O resultado de hoje levou o dólar ao seu maior valor desde 21 de janeiro, quando fechou a R$ 6,0302. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, teve forte queda. (veja os detalhes mais abaixo)

Na véspera, Trump disse que iria impor taxas extras de 50% sobre os produtos importados da China caso o país asiático não desistisse de retaliar os EUA após o “tarifaço” detalhado pelo republicano na quarta-feira passada.

A medida de Trump incluiu uma taxa de 34% contra a China — que, em resposta, anunciou dois dias depois a imposição de tarifas de mesma magnitude sobre itens norte-americanos.

O presidente norte-americano, então, estabeleceu como prazo as 13h desta terça-feira para a China retirar a taxação, o que não ocorreu.

Durante a madrugada desta terça, autoridades chinesas disseram que não voltariam atrás e que estariam prontas para seguir respondendo aos aumentos tarifários. Mesmo assim, o país considera que “em uma guerra comercial não há vencedores”.

Algumas horas depois, Trump chegou a postar em sua rede social que a China quer muito fazer um acordo, “mas não sabe por onde começar“. “Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!”, disse.

O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou nesta terça que os EUA estão priorizando seus aliados e parceiros comerciais, como o Japão e a Coreia, nas possíveis negociações para diminuir as tarifas. G1