PRÉDIO MAIS ALTO DA AMÉRICA DO SUL TEM NEYMAR, LUAN SANTANA E NÚMEROS RECORDES EM SC

Edifícios têm 81 andares, 280 metros de altura, e a maior concentração de investidores famosos na região

As duas torres do Yachthouse By Pininfarina, em Balneário Camboriú, que lideram o ranking dos edifícios residenciais mais altos da América do Sul, chegaram à fase de acabamento final externo nesta semana colecionando recordes. Os edifícios da construtora Pasqualotto&GT têm 81 andares, 280 metros de altura, e a maior concentração de investidores famosos na região – a começar por Neymar, que comprou uma das coberturas ainda na planta.​

Além do craque do Paris Saint-Germain, o rol de compradores conhecidos inclui jogadores como Athur, volante da Juventus, Luiz Gustavo, do Fenerbahçe, Willian Bigode, do Palmeiras, ex-jogadores como Tinga e Fernando Menegazzo, e astros da música como Luan Santana, Alexandre Pires e Sorocaba.

A “lista VIP”, no entanto, está longe de ser um padrão. Com 264 apartamentos (quase todos vendidos), as torres do Yachthouse deverão reunir um grupo bastante eclético que tem, em comum, uma boa conta bancária. Os 15 apartamentos que sobraram são negociados a partir de R$ 6 milhões. É praticamente o dobro do que foi pago pelos primeiros compradores em 2014, quando as torres começaram a ser construídas – a valorização, que é natural no decorrer das obras, ganhou um upgrade com o alargamento da Praia Central.

Quando lançamos, imaginávamos que atingiríamos um público de pessoas entre 50, 60 anos. Mas não temos perfil de idade. Há muitos casais mais jovens, e pessoas sozinhas também“, diz Alcino Pasqualotto Neto, presidente da Pasqualotto&GT.

Os apartamentos serão entregues no ano que vem, após a temporada de verão. O prazo inicial era 2020 e atrasou devido à pandemia, que impactou na entrega de materiais. Ferro, vidro e alumínio tiveram gargalo na logística de entrega.

Carenagem de iate 

Na última semana as duas torres, que foram projetadas em parceria com a Pininfarina, a marca de design da Ferrari, começaram a ganhar cor e vida com a carenagem – vermelha, é claro. A ideia era que as linhas tivessem uma curvatura semelhante à de um barco, e o material escolhido foi fibra náutica, o mesmo tipo que é usado nos cascos dos iates da marca de luxo Ferretti. A pintura, também especial para embarcações, é resistente à água e ao vento. O material veio do Bahrein, no Oriente Médio.

Fachada do Yachthouse com carenagem

A internacionalização, aliás, é outro ponto curioso da obra: os vidros da fachada vieram da Bélgica. O alumínio, da Alemanha. As gôndolas de limpeza da fachada foram desenvolvidas na Espanha. Da Holanda veio a pintura dos perfis de alumínio, e parte dos materiais de acabamento vieram da Índia e da Itália – sem contar os estudos de solo e de túnel de vento, executados no Canadá e na Inglaterra.​

Atual recordista no ranking The Skyscraper Center, entre os maiores edifícios residenciais em construção na América do Sul, as torres do Yachthouse já utilizaram mão-de-obra de mais de 2,5 mil pessoas. Consumiram mais de 87 mil metros cúbicos de concreto e 12 mil toneladas de aço. Números superlativos que fazem jus aos 81 andares, visíveis ao longe.

Curioso é que, apesar do tamanho descomunal, nem sempre é a altura do arranha-céu o que atrai os compradores às torres gigantes. Diversos clientes procuraram o empreendimento interessados na fama de maior da América do Sul, mas fizeram um inusitado pedido: não queriam ficar assim tão longe do chão. Para eles, os corretores oferecem as alturas mais baixas. Até o 20º andar.