Vídeo: Eleitor de Bolsonaro é decapitado no Ceará

Em Fortaleza, Ceará, bandidos invadiram um apartamento do Condomínio Residencial Novo Barroso, mais conhecido como Babilônia – localizado na zona Sul de Fortaleza – sequestraram, torturaram e decapitaram um morador que declarou voto em Jair Bolsonaro, candidato do PSL eleito no último domingo, 28. A informação é do O Povo, do jornalista Wellington Macedo e do jornalista local Fernando Ribeiro, que fez uma reportagem em seu blog.

A Polícia Militar descobriu o fato na manhã desta terça-feira, 30. Tiago da Silva Monteiro, 22 anos, suspeito de participar do crime, foi capturado por uma patrulha da Força Tática da PM, chamada para atender a ocorrência. Preso no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, DHPP, localizado no bairro de Fátima, um dos acusados confessou a motivação do crime em vídeo – publicado no Facebook do jornalista Fernando Ribeiro.

Assista:

De acordo com a apuração, na segunda-feira, 29, o homem – de 40 anos, casado e pai de três crianças – teria sido sequestrado de sua residência por uma facção. Foi torturado e teve sua cabeça arrancada a golpes. Seu corpo foi abandonado em um matagal nas proximidades da Babilônia.

O bandido Tiago Monteiro foi reconhecido pela esposa da vítima e preso pela Polícia, que tenta localizar os demais envolvidos no caso. Márcio da Silva Lima, que possui extensa ficha criminal, já foi identificado como participante do crime e está sendo procurado.

Nossa equipe procurou o jornalista cearense Fernando Ribeiro através do número disponibilizado em seu blog para questionar sobre suas fontes, mas não tivemos retorno até o momento. No entanto, o jornalista cearense Wellington Macedo confirmou que o caso é verdadeiro. Também ligamos para o DHPP – Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e pedimos a confirmação do acontecido, recebemos a resposta de que ainda está sob investigação. O nome da vítima não foi divulgado por pedido da família, que quer se preservar.

Um inquérito foi instaurado para investigar o homicídio. A população pode contribuir com denúncias ligando para o número 181, para o telefone da DHPP (85) 3257-4807 ou para o WhatsApp (85) 99111-7498. O sigilo é garantido.

Nossa equipe em Fortaleza irá acompanhar os desdobramentos do caso.

Onda de violência contra eleitores de Bolsonaro se espalha pelo Nordeste

Não seria esse o primeiro caso de violência contra eleitores de Jair Bolsonaro no estado cearense. Ao mesmo tempo em que vivenciamos uma escalada de crimes com motivação política contra opositores da esquerda, a imprensa acusa a direita de ser responsável pelo ódio que paira na sociedade.

Em Horizonte, interior do Ceará, o coordenador da campanha do PSL na cidade, Alexandre de Paula Albuquerque, sofreu um atentado com tiros em seu comércio. Nossa equipe teve acesso ao Boletim de Ocorrência do caso. A vítima, de acordo com o documento, acredita que a motivação do crime foi sua função na campanha de Bolsonaro.

Veja o B.O:

O jornalista Wellington Macedo, que fez uma reportagem independente sobre casos de violência por motivações políticas, confirmou que há muitos crimes semelhantes acontecendo na região sob o silêncio da imprensa.

Em Itapajé, região norte do Estado, o pastor José Costa de Melo, da Assembleia de Deus Templo Central, teve sua residência metralhada após declarar apoio a Bolsonaro, o caso também foi apurado por Wellington Macedo e teve cobertura do G1 com omissão do fato de que a motivação do crime era política.

Em Maranguapé, região metropolitana de Fortaleza, o idoso Dedé Quintino, tentou impedir um petista de arrancar bandeiras pró-Bolsonaro de uma praça e foi gravemente agredido na cabeça, desmaiando no local. O relato está no Facebook de um amigo de Quintino, com imagens fortíssimas e pequena repercussão na imprensa cearense.

Também em Fortaleza, o vendedor de livros Valdemir Mendes Cirino foi espancado após recusar panfletos de militantes de Haddad e faleceu 9 dias depois por traumatismo craniano.

Para esses casos não há alarde midiático. Ao contrário, as histórias são sufocadas pelos “jornalistas”, que se ocupam em fazer com que falsas comunicações de crime passem por verdades. Um exemplo foi o da jovem gaúcha que acusou eleitores de Bolsonaro de terem cravado uma suástica em seu corpo, mas não quis representar criminalmente contra eles. Os sites e jornais publicaram sobre isso exaustivamente. Poucos dias depois, se provou por laudo que o desenho tinha sido fruto de uma automutilação. Mas a fake news já estava lançada no imaginário popular.

Até quando a verdade será abafada pela grande imprensa?

Fonte: MBL News