PF mira policiais em esquema que causou prejuízo de R$ 1,5 bilhão

No total, serão cumpridos 86 mandados de prisão, sendo 35 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária e 43 de busca e apreensão

A Polícia Federal deflagrou neste sábado (22) a Operação Nepsis em Mato Grosso do Sul e mais quatros Estados para prender organização criminosa especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupção policial.

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Conforme a investigação, o esquema em mercadorias contrabandeadas já causou prejuízo de R$ 1,5 bilhão para os cofres públicos. No total, serão cumpridos 86 mandados de prisão e de busca e apreensão.

Entre os presos, estão policiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal), da Polícia Militar e da Polícia Civil de MS, além dos líderes e dos “gerentes” do grupo.

Segundo a PF, a organização criminosa investigada criou sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Estado com características empresariais, com a participação de centenas de pessoas.

Cada uma tinha uma função como de gerente, batedores, olheiros e motoristas e, ainda, a de corromper policiais para participar do esquema.

Segundo a investigação, estima-se que, no ano passado, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1.200 carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Cerca de 280 policiais federais de diversos Estados foram destacados pela PF para o cumprimento de 35 mandados de prisão preventiva, 8 de prisão temporária e 43 de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas. Doze policiais do MS terão as atividades suspensas.

O nome da Operação Nepsis faz referência a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena. A ação conta com apoio da PRF, Receita Federal, apoio logístico do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira e das Corregedorias das Polícias Civil e Militar.

Mais detalhes sobre a operação serão divulgados às 10h de hoje em coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal em Campo Grande. CGNEWS