Novo chefe da PF no Estado quer quebrar as finanças do tráfico

O delegado da Polícia Federal Cléo Matusiak Mazzotti é o novo superintendente regional da PF em Mato Grosso do Sul. Com a nomeação publicada no Diário Oficial da União, na edição de ontem, Mazzoti chega oficialmente ao cargo priorizando ações operacionais que quebrem a estrutura financeira do tráfico, de forma a impossibilitar a continuidade da atuação deste. Ele vinha respondendo pela função desde a nomeação de Luciano Flores de Lima para ocupar o mesmo cargo no Paraná, no ano passado.

Segundo Mazzotti, juntamente do reforço do trabalho de inteligência policial (já atuou como agente operacional na Agência Brasileira de Inteligência), a prioridade da superintendência nesse novo ciclo será desarticular a estrutura financeira das organizações criminosas que agem no Estado, principalmente, as do tráfico e contrabando, apreendendo os seus bens. No seu entender, de nada adianta somente fazer crescer o volume de apreensões, quando esses ilícitos são encontrados apenas nas mãos de “mulas” (transportadores).
Conforme frisou, quando se atinge a estrutura financeira, a sobrevivência do grupo fica comprometida. No ano passado, por exemplo, Mato Grosso do Sul foi o segundo Estado em apreensão de bens em operações de repressão às drogas. Foram R$ 87 milhões, o equivalente a 19,2% do montante nacional (R$ 451.534.534,21).

O novo superintendente também destacou o propósito de priorizar e fortalecer o combate aos crimes de corrupção. A Polícia Federal deve trabalhar com, pelo menos, quatro delegados vinculados a essa área de investigação. Mazzotti guarda a experiência de ter sido um dos responsáveis pela Operação Lama Asfáltica, que apurou casos de desvio e lavagem de dinheiro público no Estado.

O trabalho operacional da superintendência também será desenvolvido com atenção a outras áreas, como a repressão aos crimes previdenciários e ambientais.

*Leia mais na reportagem de Thiago Gomes, na ediçãosdesta sexta (1) do Correio