Dólar sobe e fecha a R$ 4,0112 nesta segunda-feira de olho em leilão da Petrobras

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (4), em semana marcada pelo leilão de excedentes da cessão onerosa e pela expectativa de anúncio de medidas econômicas pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes. A moeda norte-americana encerrou o dia em valorização de 0,44%, a R$ 4,0112.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,40%, a R$ 3,9938, acumulando recuo de 0,35% na semana. No ano, ainda tem alta de 3,09%. O cenário doméstico estava favorável nesta sessão, com os agentes do mercado aguardando um amplo conjunto de medidas econômicas, mirando o corte de incentivos tributários e a desvinculação de recursos de fundos não constitucionais para pagamento da dívida pública, entre outras iniciativas, destaca a Reuters.

A expectativa é que Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, entreguem na terça-feira ao Senado todas as medidas referentes ao pacto federativo, que terão sua tramitação iniciadas na Casa. O leilão de excedentes da cessão onerosa será realizado na quarta-feira, com altas expectativas dos investidores sobre a entrada de fluxos no Brasil. O bônus total das áreas que serão leiloadas foi fixado em R$ 106,5 bilhões, o que pode fazer da licitação a maior de áreas de petróleo do mundo.

Cenário externo

No exterior, o dia foi marcado por dados fracos vindos do exterior, o que alimentava a procura pela moeda norte-americana. A atividade industrial da zona do euro contraiu com força no mês passado uma vez que a demanda foi novamente afetada pela guerra comercial dos Estados Unidos e pela contínua falta de clareza sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Pequim e Washington falaram na sexta-feira sobre progressos nas negociações para resolver uma disputa comercial que prejudicou a economia global e abalou repetidamente os mercados financeiros, com autoridades dos EUA a dizerem que um acordo poderá ser assinado este mês. A data-chave em foco é 15 de dezembro, quando novas tarifas dos EUA sobre importações chinesas, de brinquedos a produtos eletrônicos, deverão entrar em vigor.

Fonte: Fiems