Dólar fecha em queda nesta quarta, de olho em votação sobre Temer na Câmara

Dólar fecha em queda nesta quarta, de olho em votação sobre Temer na Câmara

A moeda norte-americana caiu 0,2%, a R$ 3,1197 na venda.

O dólar anulou a alta vista mais cedo e fechou em queda em relação ao real nesta quarta-feira (2), com investidores de olho no rumo das reformas econômicas no Congresso em dia de votação na Câmara dos Deputados sobre a denúncia contra Michel Temer.

A moeda norte-americana caiu 0,2%, a R$ 3,1197 na venda. Veja a cotação do dólar hoje. Na semana, o dólar acumula queda de 0,48%. No mês, há leve alta de 0,04% e no ano, recuo de 4% sobre o real.

Segundo a Reuters, a expectativa do mercado é os sinais indicam que o presidente deve conseguir barrar a denúncia por corrupção com boa vantagem, o que traz confiança aos investidores de que as reformas devem voltar à pauta em breve.

“Que a denúncia seria barrada, já estava no preço. Agora, parece que vai ser muito rápido e com um bom placar. Isso é boa notícia para as reformas”, disse à agência o operador da corretora BGC Liquidez José Alexis Braga.

Além de já ter conseguido quórum para iniciar os trabalhos na Câmara dos Deputados, o governo já conseguiu aprovar com 292 votos o requerimento para encerrar as discussões, abrindo efetivamente o caminho para votar a denúncia.

Os deputados votarão a permissão, ou não, para que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida se dá andamento à denúncia contra Temer, gerada após delações de executivos do grupo J&F.

Ainda de acordo com a Reuters, a expectativa dos investidores já era de esse processo seja barrado pelos parlamentares. A grande preocupação é com o andamento da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem, no Congresso Nacional. Se Temer conseguir mostrar mais força política para barrar a denúncia, a expectativa é de que ele se volte para as reformas.

Mas as tensões no mercado não devem desaparecer totalmente porque outras denúncias contra o presidente podem ocorrer, destaca a agência, já que Temer também é investigado por crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

“Os investidores estarão atentos ao placar de votos, que servirá de termômetro para a agenda de reformas do governo”, afirmou mais cedo o analista de câmbio da Correparti Corretora, Guilherme França Esquelbek.

G1