Sete paraguaios mandavam 2 milhões de dólares por dia a “Cabeça Branca”

Sete cidadãos paraguaios são investigados por transferir, religiosamente todos os dias da semana e de forma permanente, pelo menos 2 milhões de dólares para contas bancárias de “laranjas” da organização criminosa comandada pelo narcotraficante brasileiro Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”.

O dinheiro era transferido através de transações eletrônicas e sacado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada apenas por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande), e Ciudad del Este, também no Paraguai.

Em entrevista nesta quinta-feira (3), a ministra Zully Rolón, chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), disse que os comparsas de “Cabeça Branca” foram identificados após minuciosa investigação envolvendo órgãos paraguaios e brasileiros e apoio das empresas telefônicas daquele país.

A ministra não quis divulgar os nomes dos paraguaios investigados, pois, segundo ela, nada foi encontrado nas buscas de hoje que justificasse prisão em flagrante. Apenas documentos e arquivos de computador foram apreendidos.

Um dos locais vasculhados pela Senad foi a Uniexpress Casa Cambiária, localizada ao poucos metros do território sul-mato-grossense, no centro comercial de Pedro Juan Caballero.

Os mandados cumpridos no Paraguai fazem parte da Operação Fluxo Capital, uma das duas operações desencadeadas hoje (3) pela PF em Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Roraima e Mato Grosso.

“Segundo a Polícia Federal, essas sete pessoas movimentavam diariamente até 2 milhões de dólares e retiravam o dinheiro em Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero, dinheiro do tráfico de drogas e de armas”, afirmou a ministra.(CAMPO GRANDE NEWS)