Prefeitura de São Paulo estuda pedir à Anvisa barreiras sanitárias em aeroportos

A proposta foi adiantada nesta quinta-feira (20) pelo secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecida

“Neste caso [possível terceira onda da Covid-19] precisamos de um esforço coletivo. Já na primeira onda no ano passado, a prefeitura já disponibilizou funcionários para irem aos aeroportos para a gente identificar sintomáticos respiratórios”, afirmou Aparecido durante coletiva de imprensa no Clube Paineiras, no Morumbi (zona sul), onde acompanhou, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a vacinação contra a Covid-19 de pessoas com comorbidades acima dos 45 anos.

A preocupação da administração municipal é a chegada da variante indiana do novo coronavírus. Para isso, a prefeitura já fez uma parceria com o Instituto Butantan e com o IMT (Instituto de Medicina Tropical), da USP, para detectar novas variantes na capital paulista.

Na necessidade eventual de novas barreiras sanitárias, para um futuro próximo, Aparecido afirmou que o município está à disposição do Ministério da Saúde para que profissionais da capital paulista auxiliem no aeroporto de Congonhas.

Sobre barreiras sanitárias terrestres, o secretário afirmou que esta intervenção só poderá ser articulada pela Anvisa. “Obviamente esta é uma ação que precisa integrar municípios e também o estado. Até porque muitas das estradas que chegam a São Paulo passam antes por outros municípios. Mas é importante que haja uma coordenação por meio da Anvisa e do Ministério da Saúde”, ressaltou.

O prefeito afirmou que a cidade acompanha a possibilidade de um terceira onda do novo coronavírus e, caso ela eventualmente ocorra, o município já tem como garantir 250 novos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

“Em havendo, não que vai haver, mas se houver uma terceira onda [da Covid] a cidade de São Paulo está absolutamente preparada para abrir 250 leitos de UTI em curto espaço de tempo. Vocês devem acompanhar a confirmação da cepa indiana no Maranhão.”

Ele acrescentou que a Secretaria Municipal da Saúde faz uma análise que vai possibilitar se a cepa indiana chegou à cidade. “Nenhum caso foi identificado, mas isso é algo que está muito em nosso radar”, afirmou, destacando que “se for necessário” os novos leitos de UTI podem ser abertos em cerca de uma semana.
As vagas de tratamento intensivo seriam montadas em hospitais-dia, nos quais foram instaladas, até o momento, dez miniusinas de oxigênio. Até 2 de junho, afirmou Nunes, outras nove serão inauguradas na cidade.

Segundo o primeiro cronograma do governo municipal, 19 equipamentos do tipo deveriam ser instalados em unidades de saúde da cidade até 30 de abril.

Sobre a terceira onda, o prefeito reforçou os riscos de infecções decorrentes de festas clandestinas, solicitando para que a população respeite medidas de prevenção, como evitar aglomerações, manter o uso de máscaras de proteção, além de álcool em gel.

Nunes acrescentou ainda pretender enviar um ofício ao Ministério da Saúde, sem informar a data, solicitando a segurança epidemiológica nos aeroportos.