Caça da FAB intercepta e derruba aeronave no norte do Mato Grosso

Os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, interrogando o piloto da aeronave, mas não obtiveram resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004.

Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico, porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário, então, que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considera hostil, e foram realizados os procedimentos de tiro de detenção, acertando a aeronave.

Após a execução do tiro de detenção, a aeronave danificada, que não tinha plano de voo e entrou no espaço aéreo do Brasil pela fronteira da Bolívia, fez pouso forçado num descampado, no norte do estado do Mato Grosso. A partir de então a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS). O piloto ainda conseguiu se evadir antes da chegada dos policiais e na aeronave foram encontrados mais de 200 quilos de cloridrato de cocaína.

De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com o controle, descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil.

A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal, e contou com o apoio do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON)/MT, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER)/MT e das Polícias Militares dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

A aeronave envolvida no crime é um Cessna C182 de matrícula PT-INM, registrada em nome de TERRA NORTE EMPREEND.RURAIS E COM.SA e que possui o certificado de aeronavegabilidade vencido desde 2018, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro.

Informações da FAB