Hospital brasileiro aposta na computação quântica para criar novos remédios

Atualizado com as seguintes correções:​

Estado do Projeto: O projeto de computação quântica do Einstein ainda está em fase inicial de estruturação, com foco em promover maior equidade em saúde.​

Envolvimento da Startup QuaTI: A startup aTI não tem qualquer envolvimento com os projetos do Einstein. A linha de pesquisa relacionada à previsão climática mencionada na matéria refere-se a uma iniciativa independente, conduzida pelo Prof. Felipe Fanchini, no âmbito de suas atividades acadêmicas vinculadas à Universidade Estadual Paulista (UNESP).  

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Albert Einstein vai criar grupo de pesquisa em São Paulo para explorar metodologias inovadoras no diagnóstico de doenças

O Hospital Israelita Brasileiro Albert Einstein lançou um projeto para desenvolver novos medicamentos a partir de conceitos da computação quântica. O grupo de estudo também pretende melhorar diagnósticos e avançar na compreensão da genômica de patologias. As informações são da Agência Fapesp.

“Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer para usar e aplicar essa tecnologia, mas acreditamos que ela pode ter um grande impacto na sociedade”, disse Felipe Fanchini, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru e participante do projeto, revelado durante a FAPESP Week Germany.

Com apoio de outros dois pesquisadores, Fanchini fundou a startup QuaTI para explorar tecnologias baseadas em informação e computação quântica para diversas aplicações. Uma delas ainda em desenvolvimento poderá ser usada para prever a formação de temporais no Brasil, por exemplo.

“A ideia é tentar usar a computação quântica para, de alguma forma, prever e enviar alertas à população, a fim de mitigar os problemas causados ​​por esses eventos extremos”, enfatizou Fanchini. Os trabalhos serão conduzidos no centro de pesquisa da unidade localizada em São Paulo.

Fachada de uma das unidades do Albert Einstein em São Paulo (Imagem: Felipe Cruz/iStock)

    Novos caminhos

    O Hospital Israelita Brasileiro Albert Einstein já vem trabalhando com iniciativas de aplicação de conceitos de física, matemática, ciência da computação e engenharia para aprimorar procedimentos médicos atuais. 

    “Os países latino-americanos, especialmente o Brasil, têm sido particularmente ativos no campo das tecnologias quânticas e oferecem muitas oportunidades para colaboração futura”, afirmou Jeins Eisert, pesquisador do Centro Dahlem para Sistemas Quânticos Complexos da Universidade Livre de Berlim, no evento.

    No ano passado, a Alemanha lançou seu primeiro computador quântico híbrido e criou o Vale Quântico de Munique para acelerar as pesquisas nesse campo. 

    “Esses projetos regionais ilustram os esforços para promover a expertise acadêmica independente e a autossuficiência tecnológica, essenciais para reduzir a dependência de players globais dominantes”, disse Christian Schneider, professor da Faculdade de Computação, Informação e Tecnologia da Universidade Técnica de Munique.

    Munique é referência para estudos de computação quântica (Imagem: jotily/iStock)

    É o futuro

    Recentemente, o Olhar Digital relatou um feito histórico do banco JPMorgan Chase & Co, que gerou e certificou números verdadeiramente aleatórios utilizando um computador quântico. A inovação pode ter implicações significativas para segurança, negociação e criptografia.

    OLHARDIGITAL