Congonhas terá área internacional pronta para operar até fim do ano

Os voos para outros países não irão alterar o horário de funcionamento do aeroporto, que continua a operar das 6h às 23h diariamente

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A área internacional do aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul de São Paulo, está prevista para operar até o fim deste ano. Os voos para outros países, porém, serão restritos à aviação executiva.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-5990868310294203&output=html&h=250&slotname=1636004644&adk=4121174086&adf=2232939446&pi=t.ma~as.1636004644&w=300&lmt=1636391344&psa=1&format=300×250&url=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Fbrasil%2F1858323%2Fcongonhas-tera-area-internacional-pronta-para-operar-ate-fim-do-ano&flash=0&wgl=1&uach=WyJXaW5kb3dzIiwiMTAuMC4wIiwieDg2IiwiIiwiOTUuMC40NjM4LjY5IixbXSxudWxsLG51bGwsIjY0Il0.&dt=1636391344221&bpp=7&bdt=626&idt=697&shv=r20211103&mjsv=m202111040101&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3Df52e871f5064937e-225af9a1beb300f6%3AT%3D1603791237%3ART%3D1603791237%3AS%3DALNI_MZjKL3Jt8qlOn2Mm01JZQET_tNJiA&prev_fmts=0x0&nras=1&correlator=3032964391275&frm=20&pv=1&ga_vid=1039168794.1602411974&ga_sid=1636391345&ga_hid=1199477669&ga_fc=1&u_tz=-180&u_his=19&u_h=768&u_w=1366&u_ah=768&u_aw=1299&u_cd=24&adx=35&ady=1120&biw=1282&bih=665&scr_x=0&scr_y=0&eid=182982100%2C182982300%2C31062937%2C31063427%2C21067496&oid=2&pvsid=3277518763116306&pem=916&ref=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Ftech%2F1858400%2Fproducao-do-iphone-13-estara-limitada-ate-ao-inicio-de-2022&eae=0&fc=1920&brdim=67%2C0%2C67%2C0%2C1299%2C0%2C1299%2C768%2C1299%2C665&vis=1&rsz=%7C%7CleEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=0&bc=31&ifi=2&uci=a!2&btvi=1&fsb=1&xpc=3ZnuqJoZxM&p=https%3A//www.noticiasaominuto.com.br&dtd=714

O novo hangar faz parte de uma série de reformas feitas pela Infraero às vésperas da concessão do aeroporto, prevista pelo governo federal para ser finalizada no primeiro semestre de 2022.

A área internacional é uma demanda antiga dos passageiros, segundo João Márcio Jordão, superintendente do aeroporto de Congonhas. Para inaugurá-la, é preciso obter aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Polícia Federal e do Ministério da Agricultura.

Os voos para outros países não irão alterar o horário de funcionamento do aeroporto, que continua a operar das 6h às 23h diariamente.

Além da internacionalização, a série de melhorias em Congonhas inclui um novo sistema de segurança para evitar que aviões avancem para além dos limites da pista e provoquem acidentes, como o do voo 3054 da TAM, em julho de 2007, que deixou 199 mortos.

Na tragédia, o piloto não conseguiu parar na pista após o pouso, arremeteu e bateu de frente a um prédio na avenida Washington Luís.

O novo sistema é chamado de Emas (Engineered Material Arresting System, Sistema de Desaceleração com Materiais Projetados, na tradução para o português) e consiste em blocos de concreto poroso instalados sobre estruturas metálicas na extensão das duas cabeceiras da pista.

Devido à consistência do material, o trem do pouso do avião “afunda” quando entra em contato com os blocos, que absorvem a aceleração até a frenagem da aeronave. As obras custaram R$ 122,5 milhões e foram pagas via licitação contratada pela Infraero.

Questionado sobre a demora de mais de uma década desde o acidente com o Airbus da TAM para uma solução definitiva para a segurança da pista de Congonhas, o superintendente disse que foi necessário esperar pelo desenvolvimento da tecnologia certa.

“As aeronaves mudaram muito tecnologicamente ao longo do tempo”, disse.

O superintendente afirma que o aeroporto sempre foi seguro e opera de acordo com os requisitos da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). “Estamos investindo cada vez mais em segurança, independentemente da concessão.”

“No ano passado, a pista de Congonhas recebeu uma reforma no asfalto com a instalação nas cabeceiras do chamado grooving, sistema de drenagem de água que melhora a aderência dos pneus das aeronaves no pavimento.

Logo após o acidente com o Airbus da TAM, a então diretora da Anac, Denise Abreu, perdeu o cargo ao ser acusada pelo Ministério Público Federal em São Paulo de ter colocado a operação de Congonhas em risco por ter liberado a pista recém-reformada sem o grooving.

Outras melhorias recentes no aeroporto incluíram a instalação de iluminação led no balizamento da pista, reforma da fachada, ampliação da sala de embarque e instalação de catracas com leitura eletrônica dos cartões de embarque.

Congonhas está entre os últimos 16 aeroportos administrados pela Infraero que serão concedidos à iniciativa privada. O Santos Dumont, no Rio de Janeiro, também está neste pacote a ser negociado.

O edital de privatização dos 16 aeroportos foi aprovado pela Anac no fim de setembro e está em audiência pública.

As negociações serão feitas em blocos. Congonhas está no grupo com o Campo de Marte, localizado na zona norte de São Paulo, e mais três aeroportos em Mato Grosso do Sul e outros quatro no Pará.

Em 2017, o então ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, apresentou um estudo contrário à privatização de Congonhas sob risco de, com a perda da receita do aeroporto em São Paulo, inviabilizar toda a operação da Infraero.