Sim, esta é a pior crise econômica da história do Brasil.

Sim, esta é a pior crise econômica da história do Brasil.
Saiba o por quê

Ao contrário de 1930 e 1980, o atual período de instabilidade foi provocado por fatores internos e economistas apontam: nunca antes um desequilíbrio foi vivido de maneira tão intensa
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As recorrentes filas de pessoas à procura de emprego no Brasil são apenas um dos sintomas do atual momento de desequilíbrio econômico, que é grave

A crise econômica do país tem sido sentida por to­dos e, não raro, se ouviu falar que se trata da pior crise da economia brasileira de todos os tempos. Será? Se for, por quê? Em busca disso, o Jornal Opção resolveu ir mais a fundo na questão, consultando economistas e historiadores.
Os números revelam que a crise é grave, pois nos últimos dois anos o país sofreu com retrações crescentes. O Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, caiu 3,8% em 2015. Isso significa uma queda no acumulado de bens e serviços produzidos no país. Foi a maior retração desde 1996. O resultado de 2015 já havia sido previsto, de certa forma, no ano anterior, que já anunciava encolhimento em praticamente todos os setores da economia.

E isso foi confirmado, pois o PIB per capita fechou 2015 com uma queda de 4,6% em relação a 2014. O setor de serviços sofreu baixa de 2,7% e a indústria, 6,2%, refletindo os resultados do setor: distribuição de eletricidade, gás e água caíram (-1,4%), construção civil (-7,6%) e indústria de transformação (-9,7%).

Dessa forma, o país entrou em 2016 com uma baixa perspectiva, tanto que a previsão de contração do PIB para o ano está na faixa de 3,89%. No primeiro trimestre, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, houve registro de encolhimento de 1,44% do PIB e uma queda da atividade da economia de 0,36%. Fora o aumento das taxas de juros e a alta da inadimplência.

De maneira resumida, isso é o que os números nos dizem a respeito da economia brasileira atualmente, o que é refletido em outros números que são sentidos diretamente pela população: aumento de 114,1% nos pedidos de recuperação judicial em relação ao primeiro trimestre do ano passado, assim como os requerimentos de falência: +14,3%. Mais o reflexo da crise é o desemprego: temos quase 10 milhões de desempregados.

O governo Dilma Rousseff (PT), re­centemente afastado, sempre bateu na tecla de que a crise pela qual passa o país tem um motor externo, isto é, está ligada diretamente ao desequilíbrio da economia mundial, especialmente à desaceleração da China e do mercado de commodities. Nesse ponto, Dilma tem alguma razão (mas não razão completa), afinal, puxada pelas commodities, a receita de exportação do Brasil aumentou de US$ 135,9 bilhões para US$ 256 bilhões entre 2006 e 2011.

Além disso, relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), diz que a América Latina marca, pelo segundo ano consecutivo, um crescimento negativo — algo que não acontecia desde a crise da década de 1980. Para o FMI, o quadro se desenha devido há alguns fatores: a recessão do Brasil; a expectativa de crescimento do Chile é de retração de 1,5% neste ano; e as contrações de 1% e 8%, respectivamente, de Argentina e Venezuela.

Não à toa, segundo as projeções da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o mercado de trabalho da América Latina continuará a se deteriorar em 2016, fazendo a taxa de desemprego superar os 7%.
Para alguns, esse cenário tem cunho ideológico. O francês Jean-Jacques Kourliandsky, do Instituto de Pesquisas Internacionais e Estratégicas (Iris), disse à BBC Brasil que talvez a crise da América Latina, desta vez, seja fruto de um pensamento de esquerda, pois os governos que assumiram países como Brasil (Lula), Venezuela (Hugo Chávez), Chile (Michelle Bachelet) e Argentina (os Kirchner) no início dos anos 2000, não conseguiram criar estratégias de desenvolvimento econômico para que os países não dependessem exclusivamente de matérias-primas.

Não discutiremos aqui se o momento econômico da Amé­rica Latina tem causa ideológica, mas é fato que o Brasil se aproveitou da alta dos preços das commodities devido à enorme demanda chinesa da última década, mas não investiu de maneira a tornar as receitas permanentes; ao contrário, gastou a receita. É claro que o país, assim como os outros citados, lançaram mão de um grande volume de recursos na luta contra a pobreza, porém sem estruturar a economia. Assim, quando o boom chinês passou, a economia não conseguiu se manter. Isto é, falou mecanismos para diversificar os canais de crescimento econômico para assegurar o desenvolvimento do país.

Em outras palavras, o motor da crise brasileira é interno e não externo, algo que pode começar a ser explicado nas poucas palavras do historiador Boris Fausto ao Valor Econômico: “Essa é a mais grave crise de nossa história, por sua combinação de calamidade econômica, descrédito político e quebra dos mínimos padrões éticos”.

Os passivos ocultos

A fala do respeitado historiador é semelhante à do igualmente respeitado economista Nathan Blanche. Ele diz: “Jamais o Brasil viu uma crise de tamanho status, tanto que perdemos dois ou três graus de investimento. Estamos numa situação crítica. Basta olhar os passivos que geraram isso e que não serão resolvidos sem reformas estruturais. Temos passivos tanto na iniciativa privada quanto no governo”.

Blanche chama a atenção para o que ele denomina de passivo oculto, aquilo que o governo Dilma não revelou, mas que precisa ser solucionado para que a economia volte a funcionar devidamente. “O número de recuperações judiciais das empresas aumentou muito em relação ao ano passado. Isso mostra que o passivo exposto é muito grave. Por outro lado, temos passivos ocultos que não podem ser medidos ainda. Qual foi a distorção causada pelos subsídios? Esse é um passivo que está lá e do qual esqueceram”.

Na foto Nathan Blanche Crédito: Fernando Leite
Nathan Blanche: “Na década de 1980, não tínhamos nem 10% de endividamento das pessoas. Hoje, temos quase 60%” | Foto: Fernando Leite
As distorções apontadas pelo economista dizem respeito, principalmente, às vantagens comparativas “totalmente artificiais por causa do ‘bolsa-empresário’”, isto é, se referem aos setores que tiveram crédito subsidiado. Uma boa parte das distorções da economia vem daí. E a fala de Blanche tem respaldo.

Em suas primeiras declarações, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo interino de Michel Temer (PMDB) assume com o objetivo de priorizar o corte de despesas e privilégios, se referindo às desonerações tributárias a empresas. É a chamada “bolsa-em­presário” a qual se refere Blanche.

A questão: a meta fiscal enviada ao Congresso Nacional pelo governo Dilma, segundo consta, não prevê queda de arrecadação e a renegociação da dívida dos estados, por exemplo, o que precisará ser corrigido pelo governo interino de Temer. Ou seja, o déficit será maior que os R$ 96 bilhões previstos. Estaria aí o “pas­sivo oculto” do qual fala Blanche.

Qual o valor desse passivo? De acordo com o novo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, aproximadamente R$ 100 bilhões. Dessa forma, após a primeira reunião ministerial realizada na sexta-feira, 13, foi confirmado que o déficit da meta deve ser ampliado e o novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, já anunciou uma série de cortes. Cerca de 4 mil postos de trabalho deverão ser cortados e 51 cargos públicos simplificados.
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Motor interno

A economista Ana Carla Abrão, atual secretária da Fazenda de Goiás também faz uma análise semelhante às de Fausto e Blanche. Ela diz que esta crise é grave porque, junto à econômica, se instalaram crises política, ética e moral. “A partir daí, temos uma capilaridade da crise que não encontramos em outras situações”, relata.

Ela ainda reforça o fato de que, fora essa questão subjetiva, o Brasil nunca teve uma retração de PIB tão grande por dois anos consecutivos. “É uma quantificação irrefutável. Além disso, há outros indicadores. Nunca vimos uma deterioração do mercado de trabalho tão intensa em um espaço de tempo tão curto, assim como a queda da massa salarial, da produção e das vendas do varejo”.

Em comparação com a crise de 2008, por exemplo, Ana Carla explica que o país teve quedas, mas, como cresceu muito nos últimos anos, ficou em uma situação tranquila em relação ao patamar em que estava há 20 anos. “Acontece que a deterioração foi muito intensa e em um período muito curto e, agora, nós conseguimos ficar em situação pior do que estávamos há 20 anos. Então, é uma crise sem precedentes”, afirma.

Contudo, o ponto principal de análise é o que motivou a crise. Aqui é necessário voltar ao argumento da presidente Dilma de que a crise brasileira tem motor externo, aliada à desaceleração da economia mundial, sobretudo da China e de suas consequências para a América Latina. Dissemos, e o leitor há de se lembrar, que, ao afirmar isso, a presidente tem alguma razão, mas não completa razão. O motivo: “Ao contrário das outras crises”, explica Ana Carla, “que tiveram motor externo, essa foi motivada pelo acúmulo de equívocos de política econômica”.

O argumento da economista está no seguinte: o Brasil viva um tempo de bonança, o que maquiava essa crise externa — tanto que o país não foi severamente atingido pela crise mundial de 2008, crise responsável, por exemplo, por fazer a União Europeia repensar sua formação, uma vez que vários países quebraram, a exemplo da Grécia. Porém, quando o Brasil perdeu os bônus, os equívocos da política interna não só ficaram evidentes como foram intensificados.

Ana Carla Abrão: “Ao contrário das outras crises, que tiveram motor externo, essa foi motivada pelo acúmulo de equívocos de política econômica”
Dessa forma, explica Ana Carla, “no afã de manter esse clima positivo, de prosperidade, criaram-se novas distorções em meio a equívocos nas políticas monetária e econômica. Ao tentar compensar a desaceleração externa com fatores internos, reforçaram o desequilíbrio e pioraram a situação. Então, o motor da crise é doméstico, motivado por políticas equivocadas e desequilíbrios fiscais.”

O ponto crucial de tudo, segundo ela, é que a política econômica adotada pelo Brasil se baseou no equívoco de pensar que o bônus era permanente, gastando-o sem poupar. “Um exemplo: gastamos o pré-sal antes mesmo de conseguir extrair o petróleo dele e pensando que o preço do barril de petróleo ficaria sempre alto. Ou seja, é o problema de encarar uma situação cíclica como permanente”.
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O outro lado da análise: o que dizem os historiadores

Nasr Chaul: “Talvez, a crise do Brasil seja mais sentida no momento devido ao passado recente, de crescimento econômico” | Foto: Renan Accioly
“É muito cedo para qualquer avaliação mais enfática. A história leva um tempo para se sedimentar. É muito perigoso para o historiador, diferentemente do cientista político, trabalhar o processo histórico no calor da hora”. A fala é de Nasr Chaul, um dos historiadores que responderam à pergunta “A crise pela qual passa o Brasil é a maior da história?”.

Moderado em seu discurso, Chaul diz que crise atual é pode, talvez, ser considerada uma das mais “cruéis”, porque veio de uma fase de muita euforia, mas ressalta: “Qualquer previsão histórica vai depender do que virá. O país tem jeito? Acredito que sim, pois tem solidez, uma economia pujante e estancou, de certa forma, a roubalheira desenfreada que vinha ocorrendo. Agora, é preciso ter uma mudança estrutural na nossa legislação e nas políticas econômicas. Veremos o que Henrique Meirelles fará, pois, talvez, ele será o primeiro ministro a trabalhar com autonomia”.

Segundo ele, o Brasil nunca deixou de ter crises econômicas, pois, com exceção do período entre o Plano Real e a segunda metade do governo Lula, o país nunca teve benesses de tranquilidade econômico-financeira. “Pós-1930, não tivemos uma época de crescimento muito grande. O governo de Juscelino Kubitschek teve uma ampla abertura, mas sua herança foi complexa, pois deixou uma taxa inflacionária violenta. Os governos militares, que tinham tudo na mão, tiveram que inventar o milagre econômico. Então, talvez, a nossa crise seja mais sentida no momento pelo passado recente, de crescimento econômico”, argumenta.

Noé Sandes: “Quando olhamos para o passado, vemos as crises que já foram superadas. Esta ainda não foi e, por isso, é a pior”
Visão semelhante tem o diretor da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás (UFG), Noé Sandes, que analisa a questão utilizando como ferramenta a memória. A seu ver, a pior crise que o país enfrenta é sempre a do presente. “É evidente que nenhum de nós tem memória da crise dos anos 1930. Então, acompanhamos as crises e passamos por elas; fica a memória. Vínhamos de um momento de crescimento e, a partir do primeiro governo Dilma, há uma trajetória diversa”.

Ou seja, a comparação entre a crise atual e as passadas fica desmedida, pois as expectativas que foram criadas para o presente não se cumpriram e frustraram a população. “Por estar colada a essa expectativa que foi frustrada, para nós brasileiros, é muito comum que esta seja a pior crise. Mas, é claro, esta não é uma avaliação objetiva”, pondera.

O historiador aponta que Lula apostou numa política um tanto keynesiana de estimular o consumo e o resultado foi: o crédito mais fácil e a baixa da inflação. “A facilidade com que as pessoas compravam gerou uma ânsia de consumo e uma espécie de euforia, mas sem base real. Por isso, tivemos uma enorme frustração no segundo governo Dilma, inclusive com a própria presidente, que na campanha não foi lá muito realista. Não falou claramente sobre a magnitude da crise, que se fez sentir logo nos primeiros dias de governo”, observa.

Vem daí a frustração. “Então, quando olhamos para o passado, vemos as crises que permaneceram na memória e já foram superadas. Ou seja, esta é uma crise de expectativas, de frustração econômica e de endividamento. As pessoas estão desesperançadas, pois a associação das crises econômica e política, somada ao período de descrença clara, leva ao diagnóstico de que esta é a pior crise que o Brasil já viveu”.
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A crise de 1980

Marcelo Rizzo é doutorando em História pela UFG e sua pesquisa é voltada ao pensamento econômico brasileiro. Quando questionado a respeito da gravidade da crise atual, ele respondeu:

“A queda do PIB talvez seja uma das maiores, pois foi vertiginosa. Essa queda de 4% é algo que geralmente só acontece em grandes catástrofes, como terremotos; no nosso caso foi a política. Tínhamos a previsão de um PIB de 0,5%, que já era ruim, e passamos para -4% sem nenhum evento econômico que tenha gerado isso. Mas os índices macro econômicos são muito melhores do que os da década de 1980, quando o País quebrou”.

O pesquisador afirma que, exatamente por ter sido gerada por fatores internos, a crise atual é mais fácil para se lidar do que a dos anos 1980. “A crise do Brasil é mais por falta de arrecadação. Não é uma crise cambial per se. A dos anos 1980 foi devido a fatores absolutamente externos, mas quebrou o país. Não tínhamos dinheiro naquela época; não importava o que o Brasil fizesse. Tanto que o Plano Real só foi possível no início dos anos 1990, quando a situação mundial foi revertida”, relata.

O que foi a crise dos anos 1980? Rizzo explica: a liquidez dos anos 1970 fez os países do petróleo ganharem muito dólar, o que gerou investimentos nos países subdesenvolvidos; o Brasil foi um deles. Assim, a maioria dos países da América Latina dependia de investimentos externos. Porém, no fim da década de 1970, começa a estagflação nos Estados Unidos, com inflação e desemprego ocorrendo ao mesmo tempo. Para combater isso, Paul Volcker, então presidente do Banco Central dos Estados Unidos, aumentou as taxas de juros.

“Quando os Estados Unidos aumentam a taxa de juros, os investidores correm para lá, porque é seguro, afinal, os Estados Unidos podem imprimir dólar para pagar as próprias dívidas. Então, todo o dinheiro que estava na América Latina parte para os Estados Unidos. O México quebra em 1982 e gera uma desconfiança absoluta, ao mesmo tempo em que não tinha mais dinheiro por aqui, veio a crise do petróleo, o que fez os preços aumentarem”.

Para Rizzo, o grande problema do Brasil é estar calcado em poupança externa. “Ou seja, para crescer, a gente depende de dinheiro de fora. Essa é a esperança desse próximo governo: ‘consertar’ o país para atrair o dinheiro internacional. Nos anos 1980, não tinha; agora está fraco, mas tem.”

Marcelo Rizzo: “Queda de 4% no PIB é algo que só acontece em grandes catástrofes, como terremotos. No nosso caso foi a política”
O cenário explicado pelo pesquisador leva em consideração que existe uma diminuição da liquidez internacional atualmente, isto é, não há tanto dinheiro no mercado quanto havia em 2008. “O dólar entrava no Brasil a rodo, como aconteceu também na Rússia e na China. Por isso os Brics cresceram tanto. Mas isso não vai acontecer mais. Na década de 1980, houve a quebra de todos os países subdesenvolvidos, sobretudo na América Latina. O Brasil hoje tem uma situação de rápida deterioração, mas ainda tem moeda forte. É muito diferente dos anos 1980”, ressalta.

Rizzo conta que, até os anos 1980, o Brasil era o país com a maior taxa de crescimento do mundo. “Poucos sabem disso e, na verdade, o Brasil nunca se recuperou da crise daquela década. O Real trouxe estabilidade, mas as taxas de crescimento brasileiras são ínfimas. O país se tornou estável, mas não próspero. É preciso lembrar que no fim da década de 1980, o país tinha uma inflação absurda, mas com pouquíssimo desemprego. Expor­tava-se muito, só não tinha estabilidade”, expõe.

E o que deve fazer o Brasil, agora, para se recuperar? Para ele, o país precisa arrumar novas fontes de arrecadação. “A crise de 2015 veio da renúncia fiscal. Dilma cortou vários impostos para alavancar as indústrias, mas não deu certo. O país arrecada pouco e, com a queda do PIB, arrecada ainda menos. Precisaria investir. O que eles vão tentar fazer agora é o contrário: cortar gastos para atrair poupança externa. O problema é que a liquidez no mundo não é tão alta quanto era.”
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O que pretende o governo Temer para “salvar” a economia

Também para tentar responder à última pergunta feita a Marcelo Rizzo, podemos ponderar aquilo que já foi anunciado pelo governo de Michel Temer (PMDB). O anúncio de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda, na visão de muitos economistas, traz um mérito para o país: o de restituir a racionalidade econômica.

“Ele é respeitado por ser coerente. Estávamos há 15 meses sem uma agenda econômica. O ministro Joaquim [Levy] tentou, mas o governo combateu; o ministro Nelson [Barbosa] também tentou, mas o Congresso combateu. O que temos agora é a oportunidade de ter alguém coerente com o apoio do governo e do Con­gresso”, diz Ana Carla Abrão.

Realmente, o que vimos nas primeiras falas de Meirelles foi um discurso sobre aquilo que precisa ser feito. Em sua entrevista ao Bom Dia Brasil, na sexta-feira, 13, ele afirmou que o mais importante no momento é dizer a verdade e ser claro sobre o que está acontecendo. Entre as medidas, está controlar o crescimento das despesas públicas.

“Estamos trabalhando para que não haja um crescimento real dessas despesas, que deverão ser mantidas em termos nominais e é muito importante que essas medidas sejam mantidas. não podemos anunciar uma medida hoje e, amanhã, anunciarmos outras. Nosso foco é a retomada do crescimento”, disse.

Assim, o que pode se esperar deste “novo” governo são medidas duras, porém necessárias. Meirelles afirmou que isso é necessário “para que a trajetória da dívida brasileira seja sustentável e, em última análise, que todos confiem que o estado brasileiro seja solvente no futuro; em função disso, o aumento da confiança, o aumento do investimento e o aumento do emprego e do bem estar, que é o que interessa à população.”

E para resolver o problema da arrecadação, não apenas cortes serão feitos. Segundo Meirelles, a criação de novos impostos — a CPMF está no Congresso para ser votada — será estudada, mesmo que de maneira temporária.
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Previdência

De muitas reformas precisa o Brasil e isso é consenso até entre os a­nalistas mais divergentes. A principal delas, e que provavelmente será en­campada pelo governo Temer, é a da previdência. Tanto Meirelles quanto o novo ministro da Casa Ci­vil, Eliseu Padilha, já falaram isso. A intenção: reduzir a dívida do país e re­conquistar a confiança do investidor.

A questão: o fator previdenciário é responsável por uma das maiores distorções fiscais atualmente. Veja o que diz Meirelles: “Uma das questões que nós temos que entender é a seguinte: despesa pública é sempre paga pela população. E o sistema previdenciário também. Precisamos criar uma Previdência Social que garanta a aposentadoria no futuro para todos aqueles que têm direito”.

Para isso, uma idade mínima para aposentadoria deverá ser criada. “O que estamos estudando é exatamente quais são as regras de transição. De novo: existem muitos grupos que já têm estudos bastante avançados disso, inclusive no governo. Não é uma novidade. Tudo isso é conhecido. O que precisa agora é uma determinação de governo: “Vamos fazer”. E consolidar todos esses estudos e exatamente apresentar à sociedade uma proposta que seja factível”.

A fala de Meirelles dá o tom daquilo que se espera do governo Temer, que tem uma aparente “simpatia” do Congresso, algo que o governo Dilma não tinha e que, por isso, não conseguiu avançar naquilo que era necessário. As propostas são boas, mas esperemos para ver se a nova equipe de governo consegue implantar as medidas necessárias.
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