Patrimônio de quadrilha com sede em Umuarama é estimado em R$ 40 milhões

Patrimônio de quadrilha com sede em Umuarama é estimado em R$ 40 milhões
Adriano Lechuga é apontado como chefe do esquema de tráfico de drogas que atuava em quatro Estados (Foto: Fonte CGN)

Umuarama – Um grupo de narcotraficantes especializados em trazer grandes carregamentos de drogas para o Brasil é alvo da Operação Malote, da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta sexta-feira (28). Em cinco estados estão sendo cumpridos mais de 80 mandados judiciais.


Sediada em Umuarama, a quadrilha tinha ramificações em Mato Grosso do Sul e, segundo a PF, fornecia drogas para São Paulo, Rio de Janeiro e estados da Região Nordeste. O casal da foto é Adriano Lechuga e Michele Fonte. Ele é apontado pela Justiça Federal como chefe do esquema de tráfico de drogas. A mulher foi detida em Umuarama em cumprimento a mandado de prisão e foi levada a Cascavel. Entre mansões e carros de luxo, a vida dos integrantes da quadrilha era de ostentação.

Segundo informações da PF, Adriano se identificava como garimpeiro para justificar tantos bens. O patrimônio da quadrilha é estimado em R$ 40 milhões. Em Umuarama, a PF apreendeu os veículos, BMW, SW4, um Corolla, uma Range Rover e uma moto BMW. A estimativa é que os bens somem R$ 1,5 milhão. O advogado de defesa da mulher afirmou que ela é inocente e que ainda não teve acesso aos laudos. O suspeito de ser o líder da quadrilha não foi encontrado e já é considerado foragido.
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A quadrilha atuava há dois anos, período em que foram apreendidas 39 toneladas de maconha e 160 quilos de cocaína. Ao longo da investigação, em novembro de 2015, a PF também conseguiu fazer, em Porto Camargo, no noroeste do estado, a maior apreensão de maconha já registrada no Brasil. À época 24,5 toneladas foram encontradas às margens do Lago de Itaipu. Os agentes prenderam 21 pessoas.

WhatsApp

Durante as investigações, a PF descobriu que o grupo criminoso se comunicava por mensagens trocadas no WhatsApp, e solicitou à Justiça Federal de Umuarama dados dessas conversas. A Justiça autorizou o monitoramento e determinou que o WhatsApp repasse os dados solicitados. Apesar disso, segundo a PF, as ordens judiciais não foram cumpridas e a empresa foi multada diariamente. As multas dadas ao WhatsApp no Brasil já acumulam o valor de R$ 2,1 bilhões.

Com o apoio da Receita Federal, que identificou o patrimônio da quadrilha, os bens foram bloqueados pela Justiça. No total, 49 equipes da PF participaram da operação, incluindo a Coordenação de Aviação Operacional de Brasília.

Punição

Se condenados, os investigados devem responder por crimes ligados à Lei Antidrogas e à Lei de Combate ao Crime Organizado, além de corrupção ativa e passiva. As penas podem ser superiores a 40 anos de prisão.
Fonte: Portal da Cidade Umuarama
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Atualização – Balanço da Operação Malote:
São Paulo
– 4 presos (1 deles em flagrante com três armas de fogo)
– apreensão de coleção de relógios de luxo (143 unidades)
– onze veículos seminovos de alto padrão
– mansão avaliada em R$ 3 milhões, entre outros imóveis
Mato Grosso do Sul
– 8 presos (entre eles um policial militar e um vereador)
– 5 veículos seminovos de alto padrão
– imóveis (fazenda e casas de luxo)
– aproximadamente 1000 cabeças de gado
Paraná
– 3 presos (um deles em flagrante com arma de fogo)
– coleção de relógios de luxo (aproximadamente 50 unidades)
– 1 embarcação de luxo
– 2 jet skis
– 11 veículos seminovos de alto padrão
Rio de Janeiro
– 1 preso (comprador de drogas)
Foragidos: Eliane Violada Fontes, Fábio Calonga Lechuga e Adriano Lechuga, o ‘Garimpo’

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