Consumidores migram e e-commerce dribla a crise

Cada vez mais multicanais, os compradores digitais pesquisam preços e optam pela conveniência e facilidade das lojas online.
Enquanto o varejo físico sofre com queda nas vendas, a expectativa é de crescimento dos e-commerces (Getty Images)
Normalmente uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro, o Natal provavelmente não escapará da crise econômica deste ano. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo, a expectativa é de queda entre 4% e 5% nas vendas, em comparação com o Natal de 2015.
Mas o resultado deve ser positivo para pelo menos um segmento do varejo, o comércio eletrônico. Pesquisa da Ebit, empresa especializada em varejo digital, estima que o faturamento do e-commerce brasileiro deverá ser de 8,4 bilhões de reais, entre 15 de novembro e 24 de dezembro deste ano, com um aumento de 14% em relação a 2015. A consolidação da Black Friday no Brasil, megaliquidação online que acontece no fim de novembro, é uma das principais responsáveis pelo bom resultado.
ALMOR PARAGUAY.
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“Os consumidores estão migrando para as compras online. E, mesmo com a crise, o e-commerce continua crescendo no Brasil”, afirma Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O potencial de crescimento do varejo online está diretamente associado ao aumento da influência do meio digital na hora da decisão de compra. Um levantamento do Google mostra que 90% dos usuários de smartphones, por exemplo, iniciam pesquisas de compra sem ter certeza de qual marca pretendem adquirir.
Para se destacarem, é fundamental que as lojas online ofereçam uma boa experiência para os usuários, e isso inclui estar presente em todos os dispositivos.
Os consumidores estão cada vez mais multicanais. Ainda de acordo com o Google, 61% dos usuários de internet começam uma compra em um dispositivo e continuam ou finalizam o processo em outro. “Como a experiência de leitura e interação é muito diferente em cada dispositivo, as lojas online devem tratar os usuários de forma distinta no smartphone e no computador”, afirma Salvador. “As empresas precisam se posicionar bem digitalmente, se relacionar e aprender a atrair clientes pela internet. Se não fizerem, terão mais dificuldades para crescer.”
Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostrou que cerca de 30% dos brasileiros pretendem comprar presentes de Natal em lojas virtuais. A internet vem se tornando a chave para um bom resultado em meio à crise. Para saber mais, clique aqui.EXAME
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