Sorrir faz pessoas parecerem mais velhas, diz estudo

Experimento de universidades de Israel e do Canadá mostra que voluntários percebem faces risonhas como tendo um a dois anos a mais.
Dizem que sorrir é o melhor remédio. Mas não quando alguém quer parecer mais jovem. Segundo um estudo das universidades Ben-Gurion (Israel) e Western (Canadá), quem sorri parece um a dois anos mais velho do que realmente é.
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O motivo são as rugas no canto dos olhos, que surgem por causa da movimentação dos músculos no momento do sorriso. Na percepção de quem observa o rosto risonho, as pequenas linhas sugerem mais idade do que o mesmo rosto com expressão de surpresa ou sério.
Os resultados do estudo, publicado na edição de maio da revista médica “Psychonomic Bulletin and Review”, surpreenderam participantes do experimento. Eles foram apresentados a imagens de pessoas e tiveram que classificá-las das mais velhas à mais moças. Havia imagens de rostos sorridentes, expressões neutras e aparências surpresas.
Os participantes classificaram as faces sorridentes como as mais envelhecidas, seguidas pelos mesmos rostos com expressões neutras e de surpresa.

Para os pesquisadores, o mais interessante foi notar que os próprios voluntários acreditavam ter classificado os sorridentes como mais moços. O estudo foi explicitamente projetado para julgar se há realmente uma discrepância entre percepção e crença.
“Ironicamente, descobrimos que a mesma pessoa pode acreditar que sorrir faz você parecer mais jovem e julgar rostos sorridentes como mais velhos do que os neutros”, diz Melvyn Goodale, diretor do Brain and Mind Institute da Western University.

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Segundo o professor Tzvi Ganel, chefe do Laboratório de Percepção e Ação Visual do Departamento de Psicologia da Universidade Ben-Gurion, as pessoas percebem rostos de forma holística. Não compreendem uma parte da face sem lidar com todo o conjunto, que, no caso, inclui olhos, boca e nariz.
Ganel explica que, na primeira vez que olhamos para alguém, tentamos imediatamente saber qual é a sua idade – e adivinhamos, em geral, com uma margem de erro de seis anos a mais ou a menos. Queremos saber se temos algo em comum com a pessoa, se é compatível em termos românticos, se vale à pena empregá-la.
Mas, como identificar idades não é uma ciência exata, qualquer detalhe pode influenciar. Quando uma pessoa sorri, causando as rugas nos cantos dos olhos, a percepção é de que ele tem um a dois anos a mais do que o mesmo rosto neutro. Tzvi Ganel assinala que, quando as rugas são retiradas do rosto apresentado, através de retoque digital ou maquiagem, o fenômeno desaparece.
“O sorriso, como uma convenção social, é realmente visto como algo positivo, ligado a elementos de atração, saúde e também de juventude. A ideia geral é a de que, quem sorri, deveria ser visto como mais jovem. O que mostramos, de forma direta, é que se trata de um conceito errado”, diz Ganel.
“Há um paradoxo aí. Se, por um lado, o sorriso denota juventude, por outro, as rugas nos olhos fazem o rosto parecer mais velho, o que, para muitos, é algo negativo”, continua o pesquisador, citando o fenômeno do agism (discriminação etária).

No caso de pessoas com idade mais avançada, a questão das rugas nos olhos não é tão relevante. Mas, quando se trata de gente com idades entre 20 e 30 anos, esse detalhe influencia na identificação dos rostos.
Na primeira sessão do experimento, realizado na Universidade Ben-Gurion, 40 voluntários observaram 140 fotos de 70 rostos – um deles com sorriso e outro, com a face neutra. Os rostos sorridentes foram julgados como mais velhos. No entanto, após o experimento, os participantes acreditaram ter classificado as faces risonhas como mais jovens.

Três dos rostos mostrados aos participantes do experimento e o julgamento final dos voluntários (Foto: Divulgação) Três dos rostos mostrados aos participantes do experimento e o julgamento final dos voluntários (Foto: Divulgação)
Três dos rostos mostrados aos participantes do experimento e o julgamento final dos voluntários (Foto: Divulgação)

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O mesmo aconteceu na segunda fase do experimento, quando 42 voluntários analisaram 180 fotos, dessa vez com os rostos de 60 pessoas, mas com três expressões: sorridentes, neutros ou surpresos. Os rostos sorridentes foram novamente percebidos como mais velhos do que os neutros, que por sua vez eram percebidos como mais velhos do que os surpresos. E, novamente, após o teste, os participantes acreditaram ter classificado os sorrisos como mais jovens.
Apesar dessa aparente incoerência, no entanto, Tzvi Ganel acredita que é melhor mostrar os dentes ao conhecer novas pessoas.
“No caso do sorriso, acho que os aspectos positivos pesam mais do que o preço que se paga em termos de idade. Mesmo que sejam percebidas como mais velhas, as pessoas são consideradas mais atraentes, quando sorriem. No caso de políticos, parecer mais velhos e experientes pode até ajudar. Numa certa idade, essas rugas passam algo muito profundo sobre a pessoa, como se ela fosse mais inteligente”.
A psicóloga e psicanalista brasileira Simone Wenkert concorda com a noção de que, mesmo “correndo o risco” de parecer mais velhos, quando os seres humanos sorriem, expressam capacidade de comunicação e abertura para o outro.

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