Protesto de auditores fiscais forma fila de caminhões em fronteira de MS

Protesto de auditores fiscais forma fila de caminhões em fronteira de MS

Auditores fiscais da Receita Federal fazem hoje, o segundo dia de mobilização nos postos aduaneiros fronteiriços. Em MS, há protestos em Mundo Novo e Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e em Corumbá, na fronteira com a Bolívia.

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Em Corumbá – distante 419 km de Campo Grande, a adesão de 14 auditores a mobilização formou filas quilométricas na fronteira com a Bolívia. “Todas as operações em zona secundária, realizadas pela equipe de vigilância e repressão, no combate ao descaminho, tráfico, contrabando e outras ações estão suspensas”, afirma o auditor fiscal Hermano Toscano.

Segundo informações do site Diário Corumbaense, no Posto Esdras é realizada operação padrão, com todos os veículos de transporte de carga para exportação, passando pelo scanner. Dentro do Porto Seco, os despachos são mais criteriosos e demorados o que causa as filas.

Ainda dentro do protesto, os servidores entregaram as funções em comissão. “Todas as chefias, com exceção do inspetor-chefe, aqui em Corumbá, foram devolvidas. Houve um ato e todos devolveram as funções gratificadas. Agora todas as demandas serão encaminhadas para o inspetor-chefe, para que ele dê seguimento”, disse Toscano ao Diário Corumbaense.

Paralisação – A mobilização dos auditores foi retomada pelo não cumprimento do acordo de reajuste salarial, firmado em março deste ano com o governo federal.

Em todo o país, os protestos foram retomados em vários estados, inclusive com greve em algumas cidades, após o projeto de lei ser apresentado no dia 11 deste com as emendas que desagradaram a categoria. Entre as reivindicações, os auditores cobram reajuste salarial de 21,3%.

Em julho, a mobilização provocou filas de caminhões em Corumbá, Mundo Novo e Ponta Porã, além de protestos em portos e aeroportos em todo o país, obrigando o Ministério do Planejamento a negociar o envio do projeto do reajuste para o Congresso Nacional.

O acordo firmado em março, ainda no governo de Dilma Rousseff, previa o reajuste já a partir de agosto.